CONSCIÊNCIA QUE SOMOS MASOQUISTAS
SOU NEGRO E DAÍ?
Era dia, entre os meus dizia:
Aqui nascemos e viveremos
Cuidando de nossos filhos
E tradições até que um dia
Sem convite nem alegria
Eles chegaram e levaram
A mim e os meus por
Caminhos e mares desconhecidos.
Lutar? Lutamos e muito
Mas foi tudo em vão
Éramos reis fortes
E tínhamos nossas consortes.
Mas, Eles tinham armas que soltavam fogo
Como se fossem dragões a nos devorar.
Para piorar era pequeno e mau seus corações;
Que Fizeram de nós animais
E não parava de nos judiar.
Subjugados por suas infames vontades
Quem era rei na sua terra
Depois de dominado pelas forças más
Do estranho que acabara de chegar;
Em negro de eito e cama
Tinha que se transformar.
Nós, os homens aos senhores riquezas
No canavial e engenho tinha que dá
Nossas, mulheres, irmãs e filhas
Na cama a eles tinha que se sujeitar
Além do prazer que a força tirar
Seus filhos impuros os deles iam amamentar
Nem um só instante de alegria
A cada nascer e pôr do sol
Cristaliza-se a alma sofrida,
E uma lágrima mesmo espremida
Da face descia com gosto de mar
Por onde um dia quis tanto a minha casa
E aos meus regressar.
Sonho que se foi vão
Ficando a dor e a solidão
Aos matando aqueles que ainda
Estavam por acreditar
Que, com a quebra das correntes
Poderíamos a liberdade gritar.
É engano! Engano É!
Negro foi rei, príncipe talvez
Hoje é Negro e pra sempre será,
Carregando na sua face e alma
Marcas da falsidade humana
Que tentam a todo custo negar...
19 de novembro de 2008Robério Pereira Barreto
Era dia, entre os meus dizia:
Aqui nascemos e viveremos
Cuidando de nossos filhos
E tradições até que um dia
Sem convite nem alegria
Eles chegaram e levaram
A mim e os meus por
Caminhos e mares desconhecidos.
Lutar? Lutamos e muito
Mas foi tudo em vão
Éramos reis fortes
E tínhamos nossas consortes.
Mas, Eles tinham armas que soltavam fogo
Como se fossem dragões a nos devorar.
Para piorar era pequeno e mau seus corações;
Que Fizeram de nós animais
E não parava de nos judiar.
Subjugados por suas infames vontades
Quem era rei na sua terra
Depois de dominado pelas forças más
Do estranho que acabara de chegar;
Em negro de eito e cama
Tinha que se transformar.
Nós, os homens aos senhores riquezas
No canavial e engenho tinha que dá
Nossas, mulheres, irmãs e filhas
Na cama a eles tinha que se sujeitar
Além do prazer que a força tirar
Seus filhos impuros os deles iam amamentar
Nem um só instante de alegria
A cada nascer e pôr do sol
Cristaliza-se a alma sofrida,
E uma lágrima mesmo espremida
Da face descia com gosto de mar
Por onde um dia quis tanto a minha casa
E aos meus regressar.
Sonho que se foi vão
Ficando a dor e a solidão
Aos matando aqueles que ainda
Estavam por acreditar
Que, com a quebra das correntes
Poderíamos a liberdade gritar.
É engano! Engano É!
Negro foi rei, príncipe talvez
Hoje é Negro e pra sempre será,
Carregando na sua face e alma
Marcas da falsidade humana
Que tentam a todo custo negar...
19 de novembro de 2008Robério Pereira Barreto
Um comentário:
Creio eu que nesse poema você buscou uma verdade muito além do que muitos tentam explicar.Ao ler esse poema pude ver o quanto há verdade nas suas palavras que são de um grande saber isso ninguém pode duvidar...
Adooooreeeiiii.
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