domingo, 27 de abril de 2008

RASTRO DE MIM

Como a aranha que deixa
Nos fios da teia
Parte de sua vida...

Este ser deixa no caminho
Por onde passa rastro
Pensando em retornar um dia
À paixão cheia de galardia,
.

Então, o coração em arritmia
Descompassadamente marca
A hora do reencontro...



27 de abril de 2008, 20h41
Robério Pereira Barreto

DEPOIS DA PARTIDA

Qual beija-flor na primavera
Saboreia a vida da flor
Osculei sua boca
E trago comigo seu sabor...

Entre as muralhas da separação
Há em mim um pouco de ti
Porque insone fecho os olhos
E a tenho no fundo na memória.

Agora, restam-me as horas
Que nos separam do crepúsculo
Nevoento à brilhante e cheirosa aurora.

Boca e olhos fechados degustam
Nossos últimos momentos,
Quando entre medo e volúpia
Éramos apenas almas juntas.

27 de abril de 2008, 10h55
Robério Pereira Barreto