UMA ESCOLA EM REDE: CONSTRUINDO EDUCAÇÃO E INTELIGÊNCIA COLETIVAS
Este ensaio pretende anunciar a nova discussão que se inicia sobre as escola que, caracteristicamente está no basilada nos principios de analógico, enquanto a ação de produzir, socializar e aprender dos estudantes esta além, isto é, os estudantes atuam na perspectiva digital oferecida pelo ciberespaço.
Para todos os lados que se olhar, depara-se com mensagens midiáticas que revelam uma sociedade da escrita e, como tal, constitui-se num ecossistema de informação ao qual todos são submetidos.
A partir dessa premissa é que se vão destacando alguns pontos de confluência e contrastes que a escola em rede pode trazer para a educação numa perspectiva de inteligência coletiva. Por um lado as cenas midiáticas assumem o cotidiano da escola e, por isso tem ostentado espaços até então ocupados pelos processos sociotécnicos e unilaterais de aprendizagem, uso do livro didático.
Por outro, lembra-se que a escola há milhares de anos constitui-se como espaço de formação centrada na ideia de que dito do professor era a “verdade”. Tem-se ai a presença da tecnologia intelectual primária – oralidade – a serviço de uma educação baseada na comunicação – um – todos –. Ainda nesse raciocínio reconhece-se que a aproximadamente a 5 séculos, a tecnologia intelectual secundária – escrita – passou a existir entre professores e alunos, configurando-se em elemento mediador na comunicação um – todos – todos.
Dessa maneira, torna-se compreensível a permanência de ideias em que a escola ainda é pensada para atender modelos centralizados no saber do profissional da educação, evitando-se com isso a presença de saberes que a rede digital potencializa ao oferecer acesso a informações até então privilegiada.
Com isso, “as próprias bases do funcionamento social e das atividades cognitivas modificam-se a uma velocidade que todos podem perceber diretamente” (LÉVY, 1993, p. 8), porém há um distanciamento da pratica escolar dessa realidade, haja vista as quantias direcionadas pelos programas de governo à informatização das escolas.
É judicioso que a mudança seja lenta e gradual, mas quanto à formação dos indivíduos que atuam nesse contexto, limita-se ao simples manuseio de sistemas operacionais e aplicativos que nem sempre possibilitam a ampliação de acessos aos mundos do conhecimento latentes nas redes.
Assim sendo, a compreensão de que se vive, hoje, numa sociedade contemporânea em que as perplexidades se acentuam cada vez mais, em virtude da ampliação dos saberes disponíveis nas redes sociais. Então, a escola não pode se furtar a essa realidade. Mas para isso necessita de projeto políticos e pedagógicos que lhe assegure um fazer proativo, face às descobertas cotidianas dos estudantes ao acessarem as redes sociais e digitais do ciberespaço.