NECRÓPOLE
NECRÓPOLE
Madrugada Silêncio...
a cidade repousa
e seus moradores dormem
em suas tumbas modernas
preparando se para o dia seguinte
no qual se protegerão de si mesmos
dentro de seus caixões blindados e motorizados.
Enquanto isso, seres se dilaceram
em compasso de espera...
nas esquinas e avenidas da vida,
procurando guarida nos braços do mundo...
que em um segundo podem lhes tirar o direito
de respirar, por que, ao invés de prazer sente dor,
levando à quebra do contrato regido por olhares
perdidos em meio ao desprezo
daqueles que buscam no dinheiro,
o valor da vida e também do amor
medido e pago sem nenhum rancor.
A madrugada muda inerte,
testemunha ocular
não quer tais segredos revelar,
pois se falasse ninguém ia acreditar...
no cemitério-cidade
os protegidos nas tumbas e caixões blindados
preocupam-se em se preservar da maldade da rua,
atmosfera onde miseráveis e despossuídos flutuam
na suspensão da desigualdade pura e crua.
Tangará da Serra - MT, 23/4/2006 01h55min
Robério Barreto
Madrugada Silêncio...
a cidade repousa
e seus moradores dormem
em suas tumbas modernas
preparando se para o dia seguinte
no qual se protegerão de si mesmos
dentro de seus caixões blindados e motorizados.
Enquanto isso, seres se dilaceram
em compasso de espera...
nas esquinas e avenidas da vida,
procurando guarida nos braços do mundo...
que em um segundo podem lhes tirar o direito
de respirar, por que, ao invés de prazer sente dor,
levando à quebra do contrato regido por olhares
perdidos em meio ao desprezo
daqueles que buscam no dinheiro,
o valor da vida e também do amor
medido e pago sem nenhum rancor.
A madrugada muda inerte,
testemunha ocular
não quer tais segredos revelar,
pois se falasse ninguém ia acreditar...
no cemitério-cidade
os protegidos nas tumbas e caixões blindados
preocupam-se em se preservar da maldade da rua,
atmosfera onde miseráveis e despossuídos flutuam
na suspensão da desigualdade pura e crua.
Tangará da Serra - MT, 23/4/2006 01h55min
Robério Barreto