sábado, 29 de novembro de 2008

DESCONFIANÇA

Há na alma a dor e a angustia
Que espreitam o peito
Como a ave de rapina
Vigia sua presa por entre
As frestas dos galhos.

Oh tempo, tu que sois
Demiurgo do mundo
E agora é nosso aliado e algoz.

Na hora certa falará por nós
E, Quiçá na sua sentença
Defenda-nos e nos faça
Alma una.

29 de novembro de 2008, 23h04min.
Robério Pereira Barreto

CAIXA DO TEMPO

A cada morte da noite
Nasce uma manhã
Que também pouco
Viverá entre a dúvida
Do amor e da dor do medo.

Nesse lapso de tempo
Vivemos entre o tempo
De ter medo e o desejo de amar
Como se ao final de cada hora
Tudo fosse terminar.

Emergente, a alma se lança
Ao mundo dos sonhos a recuperar
O tempo na gangorra: amor e medo...

29 de novembro de 2008, 21h37min
Robério Pereira Barreto