quarta-feira, 23 de abril de 2008

SONO INVADIDO

INVASÃO

Nesse momento, enquanto vejo no rosto
As marcas da noite anterior,
No espelho sua imagem toma meu espelho
Como se me dissesse: Eis me aqui novamente.

Não, não é verdade...
Você continua a me seguir
Essa noite não me deixou dormir
Invadiu meus pensamentos
Fazendo-me um zumbi...

Dê-me uma razão para estar assim
Ou melhor, me diga qual mal lhe fiz
Porque quero nesse momento apenas ser feliz.

Se lhe falei algo
É porque simplesmente lhe quis
Em meus abraços para beijar...

Mesmo que pareça infantil
Não há razão para seguir
Meus pensamentos
Me deixando assim...

23 de abril de 2008, 09h11
Robério Pereira Barreto

ERROS

FOI ASSIM...


A cada manhã procurando meus erros
Escritos nas linhas amassadas do lençol
Depois de uma noite sem dormir,
Olhando a estrelas e a lua sobre mim.
Foi assim... aqui estou...

No rosto estão as marcas da espera
Todo olhar voltado à porta.
Insone a noite inteira espreitando-te
Não veio, só judiou de mim.

O corpo chamou por ti
E em silêncio latejante,
No mais alto dos gritos infames
Calou o tambor do peito...

Padecendo de carinho toda a noite
Mantive meus pensamentos em ti
Tirando do tecido a maciez
Que queria tira da sua pele.
Não veio, só judiou de mim.

Derrotado, fiz do lençol Confessor
Que na balburdia do meu delírio;
Ouviu-me sonolento fazer promessas
De que se um dia nos encontrarmos
Não haverá razão que me segure
Amar-te-ei sem reservas seja
Onde estivermos...
Foi assim... aqui estou...
Não veio, só judiou de mim.

23 de abril de 2008, 00h44
Robério Pereira Barreto