segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Escondida entre a cortina de nuvens

E com desejo de se mostrar,

A lua se desnuda lentamente

Ao palco do universo.


 

Submerso na beleza sua

Prostrado fica o coração

E, sem ação simplesmente

Admira a ti, ó lua.


 

07 de setembro de 2009, 22h01

EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE INCERTEZAS


A condição imposta à sociedade pós-modernidade tem sido cada vez mais subsidiadas pela incerteza presente nos novos valores humanos, sociais, culturais e políticos.
Isso em dúvida é fruto de novas posturas da sociedade que visa uma libertação por meio de ações individuais, uma vez que a tradição não mais representa nem constituem o ponto de referencia para a tomada de decisões. Ao contrário, ela [tradição] tem sido objeto de estudos para que seja compreendidas as incertezas que até então foram mantidas conforme pensamento hegemônicos.
Nesse sentido, Habermas ao tratar da condição pós-moderna afirma: "O novo valor atribuído ao transitório, ao fugidio e ao efêmero, a própria celebração do dinamismo, revela um anseio por um presente estável, imaculado e não corrompido." (1983).
Dessa maneira, as praticas educacionais, culturais e estéticas têm sido posto sob a vacilante largura do fosso entre o espaço e tempo. As crises de superacumulação sejam seguidas por fortes movimentos estéticas e a educação contemporânea vive esse dilema e, portanto, atua no plano das incertezas.
É nessa perspectiva que, infelizmente, alguns programas governamentais são construídos, tendo um como possível salvação das incertezas o uso indiscriminado das tecnologias. Por outro lado, consideramos que tem havido o reconhecimento de que o fim das metanarrativas oriundas do pensamento capitalista de Marx é fato. Entretanto, não podemos negar sua importência histórica a seu tempo.
Desse ponto de vista Smith diz que "O iluminismo está morto, o Marxismo está morto, o movimento da classe trabalhadora está morto... e o autor também não se sente muito bem." (1984).
Em síntese, pode-se dizer que a educação nesse tempo de incertezas é uma distopia, posto que todo momento, novos heteros – MST, Internet, ONGs – que ampliam e, até reconfiguram o modo de se pensar e agir no âmbito da educação.
Assim sendo, os programas educacionais até então vigentes e considerados como ações fixas e, portanto, pretensas salvadoras das deficiências sócio-educacionais são, na verdade, falácias e ideologias pautadas em metanarrativas que foram se fragmentando ao longo do tempo pela ação dos agentes sociais, políticos, culturais e, sobremodo, econômicos.