domingo, 20 de junho de 2010

EDUCAR NA CULTURA DAS TICMDs

Sabe-se que a educação ocorre em todos os lugares e por vários meios. Destaca-se, hoje, que a educação também promovida no âmbito das tecnologias e mídias digitais, posto que as crianças e adolescentes estejam em contato direto e em tempo real dos acontecimentos nas mídias. Assim, destaca-se a supremacia dos meios de comunicação de massa, nos quais tudo é transformado em bens de consumo. Com isso, pode-se pensar que há educações sendo veiculadas por meio das redes sociais criadas nas mídias digitais, especialmente na internet.

Nesse espaço há questões a serem postas em destaque. O quê? Como? Por que se deve pensar em novos modos de se fazer educação numa cultura em que existe a supremacia das tecnologias da informação, midiática e digital? Quais identidades vêm sendo colocadas como objetos de uma política educacional de inclusão de grupos subalternos à cena da produção e socialização de saberes culturais e coletivos nas mídias?

No campo do consumo, as mídias têm desempenhado papeis educativos bastante interessantes. Isso sem dúvida tem ou deveria conduzir a uma nova maneira de se fazer educação, visto que a maioria dos sujeitos envolvidos no processo educacional são consumidores desde imagens até desejos inatingíveis. “Hoje vivemos outros tempos, e o consumo assume nas sociedades atuais não só a função de suprir necessidades, mas também, entre outras, a de identificador social.” Afirma Patrícia Ignácio ao mostrar como as crianças vivem e constroem suas identidades e, consequentemente, são educadas na sociedade de consumo.

Nessa perspectiva, Canclini (2006) ao tratar das questões relacionadas à mediação que as mídias possibilitam, pondera que o valor dos objetos a que estes indivíduos se vinculam é, fruto das mediações socioculturais em que são e estão indiciados os modos de se fazer a educação. Em outras palavras, é por meio de uma educação volta para o reconhecimento do significado social e cultural dos objetos adquiridos pelos sujeitos que se tem a ideia de pertencimento dos indivíduos e seus grupos sociais.

Essa distinção social, associada à posse de objetos, acionada a teia articulada para a captura de consumidores e movimenta cifras astronômicas mediante o enredamento de milhões de sujeitos que vivem em busca de imagem pública e aceitação social. (Ignácio, 2009, p. 48).

Estas constatações possibilitam reflexões no sentido de se compreender a forte relação entre educar para e na época da supremacia das Tecnologias da informação e das mídias digitais. Estas por sua vez são espaços de aprendizagem e modos de consumo que a escola precisa ver como lidar com esse processo de construção dos sujeitos social que, no ato e desejo de consumir não aplica de maneira ordenada os saberes oferecidos pela escola. E mais: admite-se que a relação entre o modo de educar da mídia é basicamente suportado pela ambiente escolar, por que é na escola onde se estabelecem as relações de poder, identidade e cidadania, sendo estas em virtude do tipo de objeto que se usa.