sábado, 29 de setembro de 2012

Novas espaços e tempos de aprender

A relação cronotopia e exótica na interação das redes sociais.


O espaço e o tempo são categorias essenciais para a localização do sujeito no seu lugar de discurso e prática de enunciação. Neste contexto, Bakhtin (2000) considera nessa relação a figura do sujeito que, por sua vez, encontra-se situado em determinada cronotopia.
Assim, busca-se encontrar um ponto de encontro entre o lugar de fala e o espaço do sujeito social e discursivo que se pronuncia na rede social, neste caso especifico no Weblog.
Toma-se como sujeitos desse ensaio os utilizadores de site de redes, no qual o lugar de fala do outro é importante para que seja situado o enunciador. Dizendo de outro modo, o que o interagente pensa a respeito do outro a 
partir das fronteiras estabelecidas entre ambos. De um lado, o enunciador que, de seu lugar sócio-temporal enseja que o outro seja demovido de seu espaço tempo e  adira à proposição presente no enunciado.
No conjunto de conceito-chave de Bakhtin a cronotopia e a exotopia compõem o cenário dialógico permitido pela interação nas redes sociais. Com isso, o enunciador se mostrar sujeito da enunciação apor meio de uma linguagem que o situa na fronteira social. Ver o outro conforme seu lugar de cultura e fala é, de acordo com Bakhtin (2000) permitir ao outro o rompimento da fronteira que os separam. 
Na medida em que isso acontece, o processo exotópico ganha espaço e faz com que sejam articuladas e reconhecidas identidades e alteridades em meio a tanto outros contextos.

Geração remix: metáforas contemporaneas

Geração móvel: cronotopias de aprendizagem móvel


A sociedade em que vivemos hoje está digitalmente conectada por dispositivos movéis e os novos modos de comunicação e aprendizagem se relacionam por meio da  ligação tempo e espaço. Isto conduz ao reconhecimento de que há uma nova geração de utilizadores e produtores de conhecimento em rede e por meio de dispositivos moveis digitais.
 Hoje, ter acesso a informação se tornou tão simples que basta um clique na tela do celular e ou tablet para que sejam disponibilizados uma quantidade homérica de produções verbais, visual e sonoras. Nelas estão expressões culturais, sociais e identitárias marcadas espacial e temporalmente por aqueles que se dispõem em trocar saberes e informações em rede.
Nesta perspectiva, as redes sociais permitem que todos e em todos os lugares possam está informados e trocando informações as quais provocam estado de aprendizagem. Estes estados de aprendizagem, no mínimo, deslocam os envolvidos de modo tal que, exotopicamente o discurso sobre o outro ganha ares de alteridade.
A mobilidade digital tem levado a uma série de novos posicionamentos, nos quais, a maioria dos utilizadores são conduzidos a caminhos de aprendizagem em tempo real. Entende-se o real como uma interação cronotópica do sujeito com a realidade em que está situado.
Desta maneira, o tempo assume a alteridade nas relações sociais e políticas porque permite com que ocorram os deslocamentos e com eles as aprendizagens para além do mensurável pela instituições. Esta forma de aprendizagem rompe as barreiras formais da aprendizagem preconizada pelos organismo educativos formais.
Romper com essa articulação é uma prática possível devido à presença dos dispositivos móveis no cotidiano da imagem projetada no tempo e no espaço social da Urbis.