quarta-feira, 2 de julho de 2008

INFINDÁVEL DESGOSTO

A alma lamuria a solidão
Do amor passado a limpo
No calor da hora...

E agora nesta noite fria de sertão
Onde a friagem a pino
Endurece as veias do coração
E o sangue da saudade o congela
Sem gratidão.

Paralisada pela frialdade,
Alma desatinada vacila
Ao sabor do vento
E a cada sopro petrifica-se...


Em cachoeira, prantos
Tentam desenhar seu rosto,
Porém o que sai é o rascunho
Carregado de desgosto.

02 de julho de 2008, 23h30min.
Robério Pereira Barreto