sábado, 20 de outubro de 2007

MORTE COMO SIGNO DA SOLIDÃO

Webleitora discorre minha poética afirmando que a morte é signo de sustentação para o tema solidão. Vejam o que a leitora:
"A expressão da morte concentra-se na sua poesia como refúgio de solidão. Fantástica e solitária revela-se amena e melancólica exalando de certa forma uma fuga desconhecida, madura quase sentida plemamente com referência a uma escolha... Preserva essa poesia um efeito de embelezamento triste com carícias inigualáveis pelas mãos da morte que sutilmente adentra o peito até o mais profundo sono, o do descanso sem mais sofrer... sofrer a indiferença, a solidão, o descaso, o abanida real é aqui dura, porém a morte vem alentando e introduzindo a paz desejada! Sua poetica contagia e embriaga o leitor delicadamente a imaginar o fim, o auge, o belo, a emoção,por fim a solidão e não estar mais aqui...

QUANDO AS PORTAS SE FECHAM...


Portas fechadas têm
estranha magia...
guardam segredos,
sonhos,
emoções,
sorrisos,
lágrimas,
descobertas,
prazeres...
Quando as portas se fecham
amores acontecem
máscaras caem
sonhos se revelam
palavras se libertam
Quando as portas se fecham
a vida se abre...
a alma se revela
sussurros e gemidos
por detrás das portas
indicam que há vida,
corpos e almas
se fundem em único ser.

No segredo da alcova
o cheiro de estar vivo
na atmosfera escoa
como que dizendo:
quando as portas se fecham
vive-se a vida em demasiada alegria
porque ali tudo é magia
e não há nenhum vigia.

Salvador-Irecê – BA, 20 de outubro de 2007, 11h58min.