quarta-feira, 31 de outubro de 2007

triagulo perfeito



ESPAÇO VIRTUAL: WEBLEITOR E WEBLEITURA

Muito se tem falado nos meios acadêmicos sobre os processos de leitura. Todavia, estes estudos se voltam para a questão canônica do ler relativos aos clássicos textos de literatura e da cultura universal.
Na sociedade de hoje – comunidade da informação digital – sofremos constantemente com os problemas relacionados à leitura nos espaços digitais. Entendemos que estes problemas são conseqüências da falta de preparação dos leitores para ingressarem nesses espaços e interpretarem os ciberdiscursos correntes nos livros das bibliotecas virtuais, internet.
Diante desta questão, acreditamos que é preciso responder as perguntas-chave que orientam o acesso a este saber: O que é livro virtual – ebook? Como leio um livro digital? Onde e como posso ler meu alfarrábio eletrônico? Livro eletrônico, ou e-book, é um livro digital que você pode ler em uma tela de computador. Alguns livros eletrônicos também podem ser lidos em um dispositivo eletrônico como em qualquer lugar com os HandHelds como os PocketPCs, WinCE, Palm. As vantagens são inúmeras: os livros eletrônicos podem ser baixados instantaneamente pelos usuários num clique de mouse (por meio de download). É de fácil manipulação. Durante a leitura, por exemplo, a ampliação do tamanho de letra, a possibilidade de criar anotações ao longo do texto e os recursos de pesquisa de palavras e uma série de recursos que vem sendo desenvolvida a cada dia. Segundo afiança especialistas no assunto.
Então, como leio um livro eletrônico? Para ler os livros eletrônicos no formato PDF da Virtualbooks, você deverá instalar em seu computador os programas Acrobat Reader e o descompactador WinZip (o mais popular) ou outro similar. Parte dos arquivos que você baixa da Biblioteca Virtualbooks chegam com a extensão zip. Trata-se de um formato de compressão, que deixa o arquivo menor e, portanto, torna o download mais rápido. Após instalar os dois programas: Acrobat Reader e o WinZip, você só terá que copiar os livros eletrônicos da Biblioteca Virtualbooks e clicar neles, que abrirão automaticamente.
Esta nova realidade precisa ser trabalhada nas comunidades educacionais, visando ao maior acesso dos webleitores aos conhecimentos clássicos e atuais disponíveis na Web. Com isso, eles passariam a aproveitar melhor os espaços virtuais de leitura. Dessa forma, cabe a escola e as universidades formadoras de professores estimularem os seus estudantes para o uso efetivo pela internet como fonte de pesquisa e leitura. Dizendo de outro modo, é fundamental a inserção de todos os profissionais da educação ao universo digital, uma vez que a cultura e a sociedades atuais vivem e realizam suas ações baseando-se nos comportamentos oferecidos pelos mecanismos digitais. Por tanto, à medida que a escola prepara seus alunos para a leitura do mundo digital, certamente, estes estudantes se preparam melhor para a vida em sociedade, podendo, inclusive, tornam-se agentes efetivos do processo criativo e produtivo tanto da linguagem quanto da leitura dos espaços virtuais.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

NOSSO OLHAR

CONTRASTE NO OLHAR
(Robério Pereira Barreto)


Lábios esboçam risos
Em simétricos e nacarados
Lábios, que, sedentos de ti
Regalam-se ao relento.
Contrastes da alma!

Olhar sereno e profundidade
Além da flecha de Aquiles
Denunciam um peito riscos;
Coração agitado
A ponto de o peito partir.
Contrastes da alma!
O corpo submerso
Na água a fria agita-se
Desejando lhe possuir
Todavia, pára...
Contrastes da alma!


28-29 de outubro de 2007.

POEMA À BELEZA CANDIDA...


DETRÁS DA MONTANHA
(Robério Pereira Barreto)

Do outro lado da montanha
De altivos picos,
Arremessa-te ao infinito
Cujo grito de luz
Ilumina e me seduz.

Seduzido, suspiro
Na longa e doce
Espera de ti.

Oh, lua que, ao longe,
Por detrás da montanha
Forma uma cortina
De prata para enfeitar
Esta noite em que minha
Se encantam diante de ti.

No ar,
a paixão toma conta de mim
E na espera da lua
Posso sentir a textura
De seus lábios carmim.

Confundido, meu espírito
Sobeja ante tão cândida beleza
Realçada pela complacência da luz
Da lua que, totalmente nua
Expõe-se a nós na imensidão
Do vale...
27 de outubro de 2007,

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

ODE VIGÍLIA

Quando a solidão adentra a alma a noite é amiga...ela e a lua, ambas silenciosas em seu percurso são testemunhas mudas...Nada além do sonho de ter um amor presente é substituível... nada acalma o coração solitário que chora conflitante a ausência da amada...nadasubstitui o momento do encontro... noite e lua silenciosas sublimam o calor da paixão e a espera... Com o tempo ,e através do tempo, dia após dia, saudade, amor e ansiedade se mesclam entres sombras e o sabor noturno da vigilia... vigilia...vigilia sempre...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

VIGILIA


VIGILIA
(Robério Pereira Barreto)

Seria uma noite qualquer,
Como todas que a lua
Inspirada faz de minha
Janela palco para sua
Serena e calma jornada
Ao encontro do sol
Na madrugada.

Porém, tua ausência
Entretece minha alma,
Transformando o fulgor da lua
Em fogo queimando
A pele com se estivesse nua.

Perco a calma...
Por que me mata lentamente
Se essa é a noite de nosso
Amor complacente?

Oh, noite não sois mais
Minha amiga como antigamente;
Tenho a ti e a lua
Porém, me falta dela
Abraço, carícia e beijo caliente!

Então, noite adiante-se,
Encontre o dia e
Acabe com essa vigília.

23 de outubro de 2007. 19h06min

LUZ DO SEU OLHAR


LUZ DO SEU OLHAR
(Robério Pereira Barreto)

O teu olhar é raio de luz
Que minha cega alma
Ao infinito prazer conduz.

Guiado pelos seus olhos,
Renovo meu espírito,
Banhando-o na cascata
De sabor magia
Que deles sai.

Ai, só levado a banhar-me
Nesses raios fanais
Como se fosse
Instantes finais.

Irecê-BA, 21h

sábado, 20 de outubro de 2007

MORTE COMO SIGNO DA SOLIDÃO

Webleitora discorre minha poética afirmando que a morte é signo de sustentação para o tema solidão. Vejam o que a leitora:
"A expressão da morte concentra-se na sua poesia como refúgio de solidão. Fantástica e solitária revela-se amena e melancólica exalando de certa forma uma fuga desconhecida, madura quase sentida plemamente com referência a uma escolha... Preserva essa poesia um efeito de embelezamento triste com carícias inigualáveis pelas mãos da morte que sutilmente adentra o peito até o mais profundo sono, o do descanso sem mais sofrer... sofrer a indiferença, a solidão, o descaso, o abanida real é aqui dura, porém a morte vem alentando e introduzindo a paz desejada! Sua poetica contagia e embriaga o leitor delicadamente a imaginar o fim, o auge, o belo, a emoção,por fim a solidão e não estar mais aqui...

QUANDO AS PORTAS SE FECHAM...


Portas fechadas têm
estranha magia...
guardam segredos,
sonhos,
emoções,
sorrisos,
lágrimas,
descobertas,
prazeres...
Quando as portas se fecham
amores acontecem
máscaras caem
sonhos se revelam
palavras se libertam
Quando as portas se fecham
a vida se abre...
a alma se revela
sussurros e gemidos
por detrás das portas
indicam que há vida,
corpos e almas
se fundem em único ser.

No segredo da alcova
o cheiro de estar vivo
na atmosfera escoa
como que dizendo:
quando as portas se fecham
vive-se a vida em demasiada alegria
porque ali tudo é magia
e não há nenhum vigia.

Salvador-Irecê – BA, 20 de outubro de 2007, 11h58min.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

DRAMA NUM ENCONTRO AMOROSO

O sol derramava os seus raios sobre a terra. A tarde estava linda. Dourada, calma e convidativa. O barulho que se ouvia era o canto dos pássaros que faziam a festa de galho em galho, como crianças em período de férias escolares, saltitavam, cantavam, transformando aquele local em um cenário que deixava deslumbrado o maior admirador da natureza, o "Poeta".
A sinfonia dos passarinhos, as borboletas multicores pousando de flor em flor, o murmúrio das águas do riacho, o balançar das folhas quando tocadas suavemente pelo vento, o reflexo dos raios dourados do sol caidos sobre o penhasco, faziam daquela paisagem um cenário ideal para um encontro amoroso. De repente...! No meio de toda essa beleza, surge alguém uma jovem de lindos cabelos pretos, olhar apaixonado... ela anda sem pressa, parece querer usufruir daquela beleza oferecida pela natureza. Andava com graça e elegância. Os raios do sol refletidos em seus cabelos faziam brilhar com maior intensidade. Ela seguia ao encontro do seu amado. O vento soprando delicadamente brincava com os seus cabelos, pouco antes arrumados para o encontro tão esperado.
Mas, ao aproximar-se do local, pára. Falta-lhe o fôlego! Não acredita no que os seus olhos estavam vendo. Um pouco mais adiante, no meio daquelas árvores onde seria o local do seu encontro, ela avista o seu amado nos braços de outra. Sem pronunciar nenhuma palavra, cabisbaixa, perambula sem rumo e sem entender o que estava acontecendo. Depois de alguns minutos, volta ao seu estado normal. E, de sua garganta, sai um grito cheio de dor, lamento e decepção...
__NÃOOOOOO!!!...NÃOOOOOOOO!!!! Ingraaato!!! eu não merecia isso!!!
Pobre jovem apaixonada! Ele não escutava os seus lamentos. Estava bastante entretido com a troca de beijos e abraços com a nova companheira. Repentinamente, no auge do desespero, ela encontra uma solução. Encontra o remédio para curar a sua dor. Atira-se do penhasco. Penhasco esse, que por muitas vezes foi o palco onde vivera muitas das suas cenas de amor.
Os pássaros que sobrevoavam nas copas das árvores silenciaram. A beleza daquela tarde desapareceu como por encanto. Contam certas pessoas que passam por ali, que sempre às sextas-feiras, ao cair da tarde, quando o sol começa a declinar no horizonte, soltando os seus raios sobre a terra, aparece uma jovem vestida de branco gritando:
__NÃOOOOOOO!!!!.... NÃOOOOOOO!!!!...... Ingraaato!!! eu não merecia isso!!
Assim que os raios do sol vão desaparecendo, ela vai desaparecendo junto com eles, deixando atrás de si um eco melancólico e sofrido!
__NÃOOOOOOOO!!!....NÃOOOOOOO!!!.....Ingraaaato! eu não merecia isso!....NÃOOOO!!!.....NÃOOOO!!!....NÃOOOO!!!!

Autoria: Reini Cardoso; Robério Pereira Barreto. et ali., Irecê [BA], 2007. (prelo)
Escrita e revisão: Reini Cardoso; Robério Pereira Barreto
Narração: Estudantes do 6º semestre de pedagogia - Uneb

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

LAB RINTO

LAB RINTO
(Robério Pereira Barreto)

No labirinto de mim mesmo
Desço em todas as ruas a esmo
Em busca de algo e me perco,
Porque nada vejo tampouco conheço.

Na intrépida descida cambaleio
E vejo serenidade na face da morte
E a faceira alegria no espelho da vida.

Assustado, não me acho
Sinto que sou capacho
Desse destino que vadia
Pesando em mim.

Voltar a mim é um alvitre
Nunca estou livre...
À superfície não posso emergir
Sucumbo nas garras do Minotauro;
Solidão!

12 de outubro de 2007, 23h51min

WEBLEITORA DELICIA-SE COM POEMA "CORPO"

"CORPO"
Pleine Lune disse...
Imponderável é o prazer de fazer amor na rede poética de Robério Pereira Barreto... Irresistível sedução...Penetrar nas entrelinhas do seu discurso proporciona um orgasmo múltiplo...a poesia seduz por traduzir o intraduzível com sensualidade, sensibilidade...o desejo de saborear os versos começa com um toque arrepiante das metáforas do poeta...um mergulho profundo nos enigmáticos olhos das conotações...Beijar sua língua(gem) com sabor de erotismo, temperado com chocolate e pimenta...inigualável...Leves mordidinhas na nuca da métrica mais que perfeita... entre gemidos e suspiros as rimas se encaixam...voluptuosamente... Languidamente descansar sobre o ponto final...tesão insaciável...que começa n’O Corpo e só findanapróxima poesia...napróximapoesianapróximapoesianapróximapoesianapróximapoesia napróximapoesianapróximapoesianapróximapoesia napróximapoesianapróximapoesia...

URUBU E O GAVIÃO


Na caatinga sombria e pálida num galho seco de angico, o urubu de bico baixo refletindo sobre sua condição de mensageiro dos moribundos diz:
- Nossa! Neste lugar nada acontece. E isso tem trazido pra mim prejuízos. Vejam como estou magrinho e sem ânimo para voar e procurar comida.
Condoído com a condição de seu parente pobre, o gavião aproxima-se faceiro e cordialmente fala:
- Bom dia, Urubu! Que passa com tão ilustre e temida figura da caatinga?
- Estou triste porque não tenho encontrado comida mesmo neste cenário de seca. Não se morre mais como antigamente. Na caatinga de hoje já não encontro mais esquifes!
- Amigo Urubu, veja que coisa! Eu não tenho passado fome. Sabe por quê? Gosto de comida quente, isto é, sou trabalhador vou atrás. Já você...!
- Pois é gavião, cada um faz o que pode e a vida segue né? De fato, realmente adoro comer um prato frio, ou seja, mortinho da silva!
- Veja aquela Juriti voando vou almoçar agora mesmo veja como se faz!
O gavião em debandada persegue de modo implacável a frágil ave. Aos gritos e velozes batidas de asas, a esperta Juriti voa entre galhos e espinhos pontudos, desvencilhando-se do insensível e faminto gavião. Eis que numa esquina da avenida caatinga, um espigão de mandacaru adianta-se à manobra do pássaro assassino, cravando-lhe o peito. Agonizante clama por socorro:
Juriti, por favor: Tire-me daqui...
A Juriti mesmo ofegante volta e ouve seu pedido e promete: agüente firme gavião, vou chamar seu amigão urubu!
- Nossa! Ele não, não, não...
A Juritir segue para comprir sua palavara. Afinal, palavra de Juriti não pode falhar.
- Urubu? Urubu? Urubu acorde seu depressivo de uma figa!
- Que houve, Juriti?
- Vai salvar seu amigo gavião.
- Por quê?
- Ele se acidentou na avenida mandacaru e está precisando de você.
- Ok. Vou lá.
Aproveitando a corrente de vento norte plaina no ar do sertão, chegando ao local, ver seu amigo gavião em má situação e se aproxima dizendo:
- O que posso fazer amigão.
- Tire-me daqui Urubu!
- Tiro não... ah... ah não tiro mesmo.
- Faça isso não. Preciso viver e pegar aquela Juriti e mostrar a você como é bom almoçar uma comida quentinha.
- Ai é que está o xis da questão, campeão. Se lhe tirar daí, perco a chance de fazer a única refeição que vejo neste cruel e triste sertão. Gavião, sem ressentimento. Mas sou paciente e sempre espero meu almoço esfria. E, tem mais; quanto mais gelado melhor. Então fique frio, por favor.

12 de outubro de 2007.

Robério Pereira Barreto