segunda-feira, 5 de novembro de 2007

SUA VOZ

Sua suave voz roçando meus ouvidos
É sentir a maciez do rubro veludo
Acariciando-me a alma cansada.

Seu caloroso carinho
incendeia minha pele
Como meteoro que cai na campina,
Iluminando o céu com chamas colossais.

Seu perfume embriaga meus sentidos
Como a alfazema espalha
sua presença no ar,
Causando suspiros...
Faz-me viajar no além do mundo...
daí fico mudo aos poucos me desnudo
porque nessa viagem suspiro profundo.

VAZIO

VAZIO...

Como é ruim acordar de madrugada
e não ter você ao meu lado...
como companheira uma colcha gelada.

Como é triste levantar e não ter você
comigo à mesa dejejum
para dividir o café:
pão com mortadela.

Como é dolorido escutar Bee Gees
sem ter você cantarolando em inglês ruim
para irritar os meus ouvidos.

Como é comprida a caminhada matinal
sem ter você a dizer:
Nossa! Já estamos velhos demais para isso
e, portanto, esses quilinhos a mais
são sinais de que passamos do colegial.

O que adianta ter o perfume da rubra rosa
Se não tenho você para banhar
com tal fragrância deliciosa?

Que me importa ouvir cantar dos pássaros
se não ouço mais sua voz desafinada,
que era para mim,
hino sublime como
o canto do bem-te-vi
em manhã de outono ao sol sair?

Que me importa estar vivo
se você não é mais o meu grã viz?

Se não se importa...
tenho a vida morta
e um vazio dentro de mim!

Se não se incomoda...
saiba que caminho por linhas tortas
e por estas tortas linhas,
caminho a procura de ti;
Se não lhe encontrar
serei para sempre infeliz
para outro alguém amar!