quinta-feira, 12 de julho de 2007

USO DA LÍNGUA(GEM) ESCRITA: EDIFICAÇÃO DE CIDADANIA

Introdução


No contemporâneo, o conhecimento e domínio da língua oral e escrita são elementos fundamentais para que homem, de fato, efetive sua participação na vida social da comunidade da qual faz parte. Por isso, o ensino-aprendizagem da língua nacional na escola deve seguir paradigmas que leve o aprendiz a entender que, é por meio deste processo que ele comunica, tem acesso à informação, expressa e defende seus pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo e, consequentemente, produz informação usando a estrutura lingüística empregada pela sociedade onde atua em determinado momento histórico.


De acordo com o PCNs de Língua Portuguesa (Parâmetros Curriculares Nacionais) a escola tem a “responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes lingüísticos, necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.” (PCNS, 2001, p. 15). Com essa perspectiva, os profissionais da língua (gem) que atuam nas séries iniciais precisam compreender que sua ação enquanto professor está baseada na produção lingüística individual e coletiva, sendo a primeira realizada por ele e seus alunos; segunda, fruto da interação verbal de ambos com a comunidade a qual todos pertencem.

Essa visão permite o desvelamento de alguns problemas pelos quais passam crianças oriundas de classe sociais subalternas; estas encontram maiores dificuldades na aquisição do código escrito por falta de acesso a revistas, livros, jornais, mídias impressas. Tal fato se explica pela falta de contato com o mundo da escrita, bem como atividades sociais mediadas lingüística e culturalmente pelo padrão forma da língua, texto. Com efeito, infere-se que, aprender a ler e escrever é para o aluno, a construção de sua liberdade por meio do conhecimento e aplicação de elementos conceituais contidos nos registros escritos que o fará compreender a importância da língua formal como representação do pensamento sistemático, bem como da forma gráfica da linguagem.

Dessa forma, pode-se repensar sobre as novas possibilidades de ensino de leitura e escrita nas séries iniciais e, conseqüentemente, no ensino básico, considerando, pois, que a aquisição do conhecimento lingüístico e cultural está relacionada com o universo cotidiano dos aprendentes de língua materna e, por isso, se constituem como partes de uso da fala e da escrita como expressão e comunicação de pensamento individual e coletivo através de textos. “Ser um usuário competente da escrita é, cada vez mais, condição para a efetiva participação social e cultural da comunidade onde aluno e professor se fazem sujeitos da comunicação. (grifo meu).” (PCNs, 2001, p.22).

2. Linguagem e interação sociocultural


A compreensão e domínio da língua, sobremodo, das variantes escrita e oral possibilita ao usuário o pleno exercício da cidadania, pois é por meio delas que os homens de letramento[1] se comunicam, trocam informação, expressam-se e defendem suas ideologias. Assim, à escola comprometida com a libertação de seus alunos, devem em primeiro lugar, construir com estes (alunos) pontes que os levem à inferência de que expressarem oralmente seus sentimentos não é suficiente para lhe garantirem o direito de cidadão, partícipes de uma sociedade formatada na e para a escrita. Entretanto, este tem sido o único meio pelo qual se consegue expressar. De tal maneira que, ao usarem a escrita, transferem-se a ela elementos da fala, transgredindo a norma padrão.

A linguagem nesse contexto é uma maneira de interação interindíviduos, a qual é orientada para a comunicação; tal procedimento lingüístico se realiza a partir das relações estabelecidas pelos interlocutores que, seguindo suas experiências culturais na sociedade ajuda a construir sua história. O exemplo, disso se tem as conversas de bar, entre amigos, lista de compras, ou a carta – diferentes práticas sociais das quais se podem participar usando a código nacional, língua portuguesa. Nesta perspectiva, há o entendimento de que a língua é um sistema que se constrói por signos lingüísticos, históricos e sociais que possibilitam ao cidadão significar e ressignificar a realidade e o mundo a que pertence e pretende construir. “aprendê-la é aprender não só as palavras, mas também os seus significados culturais e, com eles, os modos pelos quais as pessoas do seu meio social entendem e interpretam a realidade e a si mesmas.” (PCNs, 2001, p. 24).

Assim sendo, a linguagem leva à construção de importantes dimensões sociolingüísticas, isto é, ela se constitui como elemento necessário ao emissor, tenha este ou não algo a dizer de a alguém. Para tanto, este processo interativo pede que se formate na mente uma série de representações constituídas sobre o mundo ao qual ele é agente.

Produzir linguagem significa produzir discurso. Significa dizer alguma coisa para alguém, de uma determinada forma, num determinado contexto histórico. [...] quando se interage verbalmente com alguém, o discurso se organiza a partir dos conhecimentos que se acredita que o interlocutor possua sobre o assunto, do que se supõe serem suas opiniões e convicções, simpatias e antipatias, da relação de afinidade e do grau de familirialidade que se tem, da posição social e hierárquica que se ocupa em relação a ele e vice-versa. (PCNs-Língua Portuguesa, 2001, p. 25).

Para Maigueneau (2004) viver no mundo contemporâneo implica ser colocado em uma situação múltipla de textos, mesmo sendo estes efêmeros: panfletos, catálogos, jornais, cartazes, guias turísticos, malas-diretas de propaganda etc. Ainda segundo o estudioso francês a escola deve instrumentalizar os estudantes de ferramentas que os possibilitem entender que esse corpora é uma produção lingüística – texto – produto da atividade discursiva oral ou escrita que forma um todo significativo e acabado, qualquer que seja sua extensão. É uma seqüência verbal constituída por um conjunto de relações que se estabelecem a partir da coesão[2] e da coerência.
Dessa maneira, um texto só é um texto quando pode ser compreendido como unidade significativa global, quando possui textualidade. Caso contrário, tem se aí um amontoado de enunciados vazios. “Todo texto se organiza dentro de um determinado gênero. Os vários gêneros existentes, por sua vez, constituem formas relativamente estáveis de enunciados, disponíveis na cultura, caracterizados por três elementos: conteúdo temático, estilo e construção composicional.” (PCNs – Língua Portuguesa, 2001, p. 26).

Com relação aos textos, os gêneros são determinados historicamente a partir das intenções comunicativas, como parte das condições de produção dos discursos, gera usos sociais que determinam os gêneros que darão forma aos textos. Assim sendo, identifica-se um gênero a partir de marcas textuais, estruturais e históricas: “era uma vez” conto; “senhoras e senhores” pronunciamento público, apresentação de espetáculo; “Querida mamãe” epistolares.

3. Ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa na escola

A língua deve ser entendida como sistema dinâmico, o qual se caracteriza como tal devido ao uso contínuo e sistêmico dos elementos estruturais que a compõe. Assim sendo, considera-se que o ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa está pautado na articulação de: aluno, língua e ensino.
Nesta tríade, o aluno é sujeito primário do processo, pois é agente e paciente da ação de aprender; a língua objeto de conhecimento; A Língua Portuguesa se apresenta nesse esquema, constituída de fala e escrita tanto dentro quanto fora do espaço escolar; a língua que se pratica em instâncias públicas e a que existe nos textos escritos que circulam socialmente. Com relação ao ensino, é importante que o profissional da linguagem entenda seu papel de mediador, atuando de maneira a encaminhar o estudante à aquisição da língua e, conseqüentemente a assimilação da estrutura lingüística do idioma nacional. “o professor deverá planejar, implementar e dirigir as atividades didáticas, com o objetivo de desencadear, apoiar e orientar o esforço de ação e reflexão do aluno. (PCNs – Língua Portuguesa, 2001, p. 29).

Ainda para os PCNs em questão, uma educação que se queira comprometida com a produção e uso lingüístico coerente, esta deve levar os usuários da língua(gem) desde as séries iniciais a praticarem sua cidadania por meio do uso efetivo da língua enquanto instrumento de significação social e individual. “Todas as disciplinas têm a responsabilidade de ensinar a utilizar os textos de que fazem uso, mas é a de Língua Portuguesa que deve tomar para si o papel de fazê-lo de modo mais sistemático.” (PCNs, 2001, p. 31).
Este fato conduz ao entendimento de que à escola cabe ensinar ao aluno ler, escrever e falar: é muito comum se considerarem as variedades lingüísticas de menor prestígio como inferiores ou erradas.

Cabe à escola ensinar o aluno a utilizar a linguagem oral nas diversas situações comunicativas, especialmente nas mais formais: planejamento e realizações de entrevistas, debates, seminários diálogos com autoridades, dramatizações, etc. [...] A aprendizagem de procedimentos eficazes tanto de fala como de escuta, em contextos mais formais, dificilmente ocorrerá se a escola não tomar para si a tarefa de promovê-la. (PCNs – Língua Portuguesa, 2001, p. 32).

Na escrita alfabética é um sistema de escrita regido pelo princípio do fonograma em que o signo gráfico representa normalmente um ou mais fonemas do idioma. É importante notar que, na escola ensina escrita como se esta fosse algo misterioso e, portanto, poucos conseguem desvendá-lo, produzindo textos que atendam às necessidades dos usuários da língua. Isso é porque as pessoas praticarem suas experiências através da oralidade (paqueram, compram, vendem e trocam informações através da fala). Não obstante, uma sociedade letrada como é a nossa, apresenta-se às crianças histórias ou notícias de jornal para elas que ainda não sabem ler e escrever convencionalmente ensina-se a estas como são organizados, na escrita, estes dois gêneros: desde o vocabulário adequado a cada um, até os recursos coesivos[3]. “A capacidade de decifrar o escrito é não só condição para a leitura independente como – verdadeiro rito de passagem – um saber de grande valor social.” (PCNs – Língua Portuguesa, 2001, p. 34).

4. O texto como unidade significativa de ensino


Ensinar o idioma nacional nas séries iniciais é uma ação marcada pela adição de vários elementos lingüísticos: ensina-se a juntar sílabas (ou letras) para formar palavras, a juntar palavras para formar frases e a juntar frases para formar textos. Na verdade, isso não corresponde à realidade e a necessidade da criança que, diante de uma gama significativa de letramento adquiri uma competência discursiva[4]. Esses “textos” nesta perspectiva não podem ser considerados como tais, porque não passam de simples amontoados de frases. Isto até tem mostrado que os professores tentam aproximar os textos das crianças – simplificando-os -, no lugar de aproximar as crianças dos textos de qualidade. Tal atividade tem mostrado efeitos sérios, pois, ficam muitas dúvidas para a criança, isto é, “não se formam bons leitores oferecendo materiais de leitura empobrecidos, justamente no momento em que as crianças são iniciadas no mundo da escrita. As pessoas aprendem a gostar de ler quando, de alguma forma, a qualidade de suas vidas melhora com a leitura.” (PCNs – Língua Portuguesa, 2001, p. 36).
Esta prática leva-nos à reflexão sobre o ensino aprendizagem da língua nas séries iniciais, porque a linguagem se realiza por meio de atividades lingüísticas, as quais possibilitam a expansão da capacidade produtiva e interpretativa de textos pela criança. Nesse contexto, a produção lingüística deve ser dividida e observada sob dois conceitos importantes: epilinguística e metalingüística; estas por sua vez conduzem à reflexão e a sistematização do uso da língua nacional, tanto na vertente oral como escrita, sendo esta última a que mais demanda de cuidado. Desse modo, a atividade epilinguística remete á questão do uso oral e suas configurações próprias. Exemplo, no meio de uma conversa um dos interlocutores afirma: “acho que essa palavra não é a melhor para se dizer isso. Que tal...?
Tem-se ai uma perspectiva de mudança no sentido o que de fato constitui a cidadania por meio da linguagem, isto é, o cidadão no seu fazer cotidiano encontra ressonância na sua produção lingüística a partir da enunciação oral. Por outro lado, isto revela uma série de problemas, os quais estão além do universo lingüístico, porque isto demonstra que o estado tem falhando na formação lingüística da criança desde muito cedo, de maneira que, mesmo estando numa urbe de letramento, ou seja, na sociedade civilizada na qual a comunicação, normalmente, se dá por meio do código escrito, ainda é visível a crise da escrita. Afirmando de outro modo, mesmo quando as classes menos favorecidas intentam participar do sistema lingüístico e cultural da linguagem escrita, traz consigo “vícios’ da linguagem oral, pois é o universo qual esta submergido deste os primeiros contatos com a língua.

5. Arremate efêmero

Ante a tal quadro de crise de compreensão e emprego da língua na modalidade formal – escrita – ficam claras questões sociais, econômicas e culturais, sobretudo, aqui na região de Irecê – BA onde a sociedade é eminentemente oralizada e, portanto, há que se considerar a pouca vocação da escola na observação desse fenômeno, uma vez que seus profissionais atuam de maneira paradoxo. Isto é, se ensina nas escolas, especialmente na disciplina de língua portuguesa os princípios da gramática e da escrita, usando na maioria das vezes o texto como pretexto para ensinar aquilo que, não será de uso significativo para o estudante porque ele estará submetido a um universo de mídia imagética e oralizada. Por fim, compreende-se que, neste processo é possível encontrar mecanismo de inserção social dos indivíduos no mundo da escrita, através da retextualização do material lingüístico oralmente construído no cotidiano por eles. Com isso, os farão inferir que, a escrita e a oralidade comungam princípios sintáticos e semânticos, além claro, de cada um ter seu lugar de uso na comunidade.


Referências bibliográficas
KATO, Mary A. No mundo da Escrita: uma perspectiva psicolingüística. São Paulo: Ática, 1995.
Marcuschi, Luiz Antonio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo, Cortez, 2001.
Neves, Maria Helena de Moura. Gramática na escola. São Paulo, Contexto, 1990.
Neves, Maria Helena de Moura. Que gramática estudar na escola? São Paulo, Contexto, 2003.
PCNs – Língua Portuguesa, 2002
SAUSSURE, Ferdinand de – Curso de Lingüística Geral, São Paulo, Editora Cultrix.
Notas
[1] Letramento, aqui, é empregado como resultado da participação ativa dos sujeitos em prática sociais que, direto ou indiretamente, usam a escrita como sistema simbólico e tecnológico. Estas práticas por sua vez Têm caráter discursivo e que usam a escrita como meio para torná-las significativas, ainda que às vezes não envolvam as atividades específicas de ler ou escrever, uma vez que, às vezes os usuários de tal processo não dominam integramente os sistemas de leitura e escrita. Com isso, infere-se que, nas sociedades urbanas contemporâneas (periferia das cidades), há elevado grau de letramento porque os agentes sociais participam de modo efetivo da vida da comunidade onde vivem. Em detrimento, há baixo grau de alfabetização visto que essas mesmas pessoas não dão conta de produz texto inteligíveis.
[2] Coesão, neste texto, diz respeito ao conjunto de recursos por meio dos quais as sentenças se interligam, formando um texto.
[3] Recursos coesivos são elementos lingüísticos da superfície de um texto que indicam as relações existentes entre as palavras e os enunciados que o compõem.
[4] Competência discursiva, aqui, está sendo compreendidos como a capacidade de se produzir discursos – orais ou escritos – adequados às situações enunciativas em questão, considerando todos os aspectos e decisões envolvidos nesse processo.

ENSINO DE ESCRITA NA SOCIEDADE DE TRADIÇÃO ORAL

Consideradas as problemáticas sociais e econômicas que se abatem sobre os sistemas de alfabetização brasileiros, tem se ainda a questão do mau ensino e uso da língua nacional. Para a maioria dos profissionais da linguagem, ensinar a ler e, sobretudo, a escrever envolve uma série de fatores que nem sempre as metodologias inovadoras dão os resultados esperados.

As instituições escolares ainda ensinam com base num modelo de ensino, no qual os aprendizes de Língua Portuguesa não vêem a menor graça. Isto porque os assuntos tratados na sala de aula já são velhos conhecidos deles. Isto ocorra de maneira real, enquanto na escola tudo não passa de abstração. Assim, o professor de Língua Portuguesa e o Alfabetizador devem repensar suas práticas e as funções a serem atribuídas às aulas do idioma nacional, quando tive como objeto de ação a escrita.
Usar o texto como pré-texto para ensinar à escrita, às vezes é um equivoco, pois há comunidade nesse país que não tem acesso à palavra escrita conforme quer a escola; por uma série de fatores: isolamento dos centros editoriais, falta de recursos financeiros e cultura de leitura-escrita. Isto porque há cidades no Brasil onde a população não tem acesso a jornais e a revistas. Conquanto, vive imersa no universo da mídia televisiva, no qual as crianças e os adultos gastam boa parte de seu tempo diante da telinha, e o pior é que na maioria das vezes não depreendem os significados das mensagens veiculadas por tal veículo.
Nesse contexto estão padecendo os alfabetizadores, uma vez que ambos vivem o dilema da falta de conhecimento e metodologias que os auxiliem na mudança de comportamento em sala de aula, na qual há um publico inconscientemente “iletrado funcional”, ou seja, as pessoas conseguem ir e vir sem que faça se quer uma leitura apurada das mensagens escritas que lhes cercam. Isso demonstra que, há de alguma maneira, a valorização da oralidade, fazendo com que se tenha em certas partes do país quase uma sociedade ágrafa. O interessante é que existe em algumas regiões uma espécie de incentivo à oralização. Em outras palavras, tomando a região de Irecê-BA, num raio de cem quilômetros, há vinte cidades e todas têm emissora de rádio, mas não há imprensa escrita em sua maioria. Todos esses aspectos estão afetando o trabalho dos professores de Língua Portuguesa e, sobremodo, o dos alfabetizadores, os quais encontram em sala de aula resistência à produção escrita por parte do alunado, de maneira que estes preferem narrar oralmente suas experiências que as escreverem.
Desse modo, a concepção escolar de ensinar à escrita está, nesse caso, quase fadada ao fracasso, porque os métodos que vêem sendo usados pela escola desconsideram a mídia de massa; aqui entendida como televisão e rádio como possibilidade real para melhoria de tal processo, esquecendo, pois, que em tais veículos também se faz uso de material escrito, o qual, na maioria das vezes não é legitimado pela norma, contudo é um texto que em suas deficiências, atende às necessidades da comunidade a qual não se interessa no processo de construção da informação, mas sim no resultado, informação oral. Conclui-se assim, que é preciso uma revisão no uso dos instrumentos de alfabetização existentes na escola, visto que há uma valorização da tradição oral em detrimento da observância do paradigma da escrita, haja vista que a maioria das crianças a ser alfabetizadas nesses contextos chega à escola cantando músicas de sucesso, ouvidas nas rádios, bem como vistas na televisão, ainda conhecem jogos eletrônicos e navegam na internet. Contudo, este saber não atende às perspectivas de escrita solicitada pela escola. Eis, pois o desafio do alfabetizador na era da mídia oral.