sexta-feira, 18 de junho de 2010

SARAMAGO VAI AO ENCONTRO DE DEUS

Saramago considerado por muitos críticos e leitores, dentre estes últimos prefiro ficar e dizer que tratou-se de um escritor corajoso e com estilo provocador, sobretudo ao questionar de maneira bastante premente o modo como a cultura judaico-cristã conduzia a vida da sociedade moderna.
Enquanto crítico literário é interessante afirmar que Saramago vivenciou todas as transformações ocorridas na sociedade contemporanea. Certamente isso lhe deu subsídios para se posicionar enquanto observador e, em seguida, narrar a seu modo, uma vez que a comunidade que relatava via e viver com visão turva para os acontecimentos cotidianos.
Saramago conhecido por seus ideias politicos e sociais sempre levantou a voz contra as injustiças, os grandes poderes econômicos, vindo a colocar em sua vozes de segmentos alijados. Nesse contexto, era irônico com os encaminhamentos feitos pela Igreja, visto que em seu último romance Caim - 2009  tece pesadas críticas à Igreja, vindo a ser mais uma vez criticado pelo poder eclesiático.
"estamos afundando na merda do mundo e não se pode ser otimista. O otimista ou é estúpido,ou insensível ou milionário," afirmou Saramago em dezembro de 2008 ao lançar o seu livro "As pequenas memórias" na qual expoe suas vivências na infância. Vivendo sempre esses dilemas contidianos Saramago agora deve conversar com Deus em uma longa audiência para que tudo fique esclarecido para ambos o que certamente será transformado em grande romance em a personagem principal será Ele com suas indissiocrasias.

GERAÇÃO Y E AS ELEIÇÕES

Eleitores "calouros" estão de olho nos candidatos na rede


Andreia Santana, do A TARDE On Line



Lunaê Parracho / Agência A TARDELylliam Bezerra, 17, quer que candidatos mantenham presença nas redes sociais mesmo após a eleiçãoPesquisa recente divulgada este semana pelo Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), mostra que a Geração Y, formada pelos jovens nascidos entre os anos 80 e 90, espera crescer rápido na carreira e para isso se preocupa cada vez mais com a formação superior. Super tecnológicos e hiperconectados, usuários avançados de ferramentas que para seus pais ainda são um mistério (msn, orkut, twitter, facebook, Youtube) os jovens Y focam na educação como meio de ascensão social e se preocupam com a qualidade do ensino no país e estados de origem. Usando meios digitais - internet e dispositivos móveis (celulares e i-phones) - como veículo principal de adquirir informação, essa turma se conecta em rede para acompanhar seus candidatos nas eleições majoritárias de Outubro próximo.



Boas propostas para a educação é a principal preocupação de estudantes como Lillyam Bezerra, 17, Madson Vinícius Meneses, 17, e James Richard, 19. Os três são calouros do curso de Direito da Faculdade Batista Brasileira e vão votar pela primeira vez este ano. A convite de A TARDE, os três revelaram suas percepções da campanha feita pelos principais candidatos ao Planalto e ao Palácio de Ondina, justamente no habitat por onde mais transitam: a internet. "Acompanho a agenda dos meus candidatos e também as propostas que eles trazem para essa campanha", diz Lillyam, a única dos três que já sabia em quem vai votar desde antes de começar a seguir os candidatos no Twitter, ferramenta de micro-blog que tem nos brasileiros o seu segundo maior público, perdendo apenas para os Estados Unidos em número de usuários.



Oriunda de uma família onde o interesse por política é incentivo desde cedo, Lillyam escolheu votar este ano, embora ainda seja facultativo, porque acha "importante

exercer essa liberdade e cidadania, fazer parte do exercício democrático", discursa. Demonstrando que além de usuária, também entende de internet, a adolescente acredita que a rede mundial de computadores é a melhor maneira dos candidatos manterem contato com seu eleitorado em qualquer hora do dia. "É a forma certa para chegar até os jovens, porque a gente passa muito tempo conectado e as informações se espalham rápido na internet"



Endossando a fala da adolescente, a advogada paulista e especialista em Direito Digital, Patrícia Peck Pinheiro lembra que a internet funciona 24 horas por dia, sete

dias por semana, além de ser uma forma barata de fazer campanha, "porque não é como a tv, que tem tempo específico". Patricia Peck afirma ainda que a campanha em ambiente virtual tem a vantagem de focar tanto no eleitor na faixa etária dos adolescentes ouvidos pela reportagem, 16 a 18 anos, ou seja, o público do primeiro voto, quanto nos indecisos. "E o eleitor de primeiro voto também é, na maioria das vezes, quem está indeciso".



Canudo para garantir emprego - A pesquisa do Ibmec foi iniciada em 2007 e mapeou estudantes de cursos de administração nas principais cidades do país. O estudo pontua que os jovens da Geração Y, embora não tenham perfil 100% homogêneo, possuem uma meta comum: todos querem garantir o ensino superior porque acreditam que com o diploma na mão, entrarão mais facilmente no mercado, principalmente no serviço público.



James Richard, que é filho de educadora e mantém um blog onde discute, entre outros temas, sociologia, confirma a tendência. "Educação é muito importante, porque o jovem se preocupa com o seu futuro. Existe uma 'febre de faculdade' e quem fala de qualidade de ensino nos cativa mais", enfatiza James, que tem na internet e na TV os seus principais meios de informação. Sendo que na rede, ele acessa prioritariamente os sites dos veículos de imprensa e complementa as informações através de blogs e redes sociais.



O rapaz acredita que a tv vem perdendo audiência na sua faixa etária porque "o foco do noticiário é sensaciolista, a qualidade está caindo e só se fala em violência. Na internet tenho a vantagem de buscar diversos tipos de informação ao mesmo tempo, o leque de opções é maior".



Educação, mas aliada a questão da segurança pública, é a principal motivação de Madson Vinicius para monitorar os candidatos na internet. O adolescente ainda está

ondeciso quanto ao seu voto, mas tem focado atenção nos candidatos que apresentam propostas para todos os segmentos da sociedade. "Educação, tráfico de drogas, violência na escola, acredito que os programas precisam abranger esses temas e mostrar ações concretas, porque a gente tem medo de sair de casa e chegar mais tarde e nas escolas acontece a venda de drogas abertamente", opina. Uma das vantagens de acompanhar a campanha online, para Madson, é a possibilidade de recuperar informações. "Dá para ver um vídeo de uma entrevista se a gente perdeu o programa", exemplifica.



A possibilidade de compartilhar dados, inerente a internet, é ainda enfatizada por Lillyam Bezerra, que diz re-twittar (distribuir através do twitter) informações sobre os candidatos que acha relevantes dividir com os próprios seguidores na rede de microblogs. "Procuro mandar para quem tem visão parecida com a minha. Um sempre alerta o outro para alguma coisa interessante, todo mundo fica conectado e o que não tem importância a gente já elimina da lista".



Sem revelar quem são seus candidatos, "O voto é secreto né"!, a jovem diz ainda que acompanha a oposição com o mesmo empenho. "É importante saber o que todos pensam". Ela também manda um recado para os políticos que se apropriam das redes sociais como forma de expor suas plataformas de campanha: "Será que depois que eles se elegerem vão continuar conectados nas redes? Porque durante a eleição tudo acontece, mas depois..."

Fonte: http://www.atarde.com.br/politica/noticia.jsf?id=3883472