quinta-feira, 1 de maio de 2008

RESISTINDO...

No meu querer a ti
Passei por tormentas,
Naufrágios interiores...

Lutei contra mim mesmo,
Admirando sua beleza
Vaguei entre meus vazios
E com dor na alma sofri a esmo.

Solto o pensamento vacila
Ao pisar no lado de fora de si
Fica perdido à luz do devir...

Agora tudo há um pouco de ti
Sinto falta de sua companhia
E sorriso e boca banhando
O corpo de ardentes beijos...

01 de maio de 2008, 22h40min
Robério Pereira Barreto

PERAMBULAR

No marchar da vida,
A cada passo o caminho modifica...

Então, o coração em desalinhado;
Andarilho sem destino percorre
O Universo feito menino solto
Na rua em dia de fria chuva
A fazer cascata de alegria.

Nessas loucuras de andanças
Sem rumo de direção
É livre feito criança
Porém, às vezes, não sabe escolher
A melhor ladeira a descer...

Perdido, fica submisso
Às vontades do malvado devir
Que aproveitando de suas incertezas
Maldosamente se diverte
Ao vê-lo desvairadamente sofrer
Entre a madrugada e o amanhecer...

01 de maio de 2008, 17h17
Robério Pereira Barreto

FIM DO CAMINHAR

Nada pior do que acordado sonhar
Com alguém que se escolheu
Para na eternidade da alma se entregar
E, de repente, tudo se dilui no ar.

Desperto dessa infame emoção
Procurando algo para segurar,
Não encontro, tudo é ilusão
As mãos inertes não podem lhe alcançar.

Sozinho, não tenho a quem reclamar;
Ao longe surge à sombra um pouco de ti
A perseguir...

Agora é hora de não mais
Esse caminho trilhar
porque caminhei nele até cansar.

01 de maio de 2008, 12h19
Robério Pereira Barreto

ABRAÇANDO O SILÊNCIO...

No agito silencioso da alma
Sua ausente presença
É-me preciosa; acalma-me.

Maliciosamente suas mãos
Navegam a preencher os vazios de mim,
Que tomam conta de tudo aqui
Sem ao menos eu permitir.

Abraçado no silencio sozinho penso:
Será que tudo isso é por que
Tem que ser você
Para meu peito encher
De alegria e prazer?

Não dar para negar
Que abraço o silêncio
Por medo de te esquecer...

01 de maio de 2008, 11h52
Robério Pereira Barreto