DISCURSIVIDADE E NOMADISMO NA WEB
A contemporaneidade tem sido marcada por divergências conceituais e teóricas entre os estudiosos das ciências humanas que, ao mesmo tempo em que a reconhece como os rompimentos das fronteiras fixadas detratam-na por ter em si elementos da modernidade ainda não terminada.
Nesse contínuo fluxo encontram-se e deslocam-se os conhecimentos em várias vertentes dentre as quais o discurso da ciência é posto em destaque devido à crise da hegemonia pretendida pela ciência moderna.
Por outro lado, uma nova ordem discursiva tem se instituído, isto é, na contemporaneidade há novos meios de propagação das ocorrências sociais, políticas, culturais e científicas.
Dentre estes se destaca a web que, com sua força motriz tem posto a baila a crise e a correlação de forças existentes entre “conhecimento cientifico e o conhecimento vulgar tenderá a desaparecer e a prática será o fazer e o dizer da filosofia da prática” (SANTOS, 2006, p.20).
Quanto à outra vertente do discurso, sobressai o saber, a da sua metodologia de transmissão, ou seja, o discurso acerca do saber tornou-se facilmente descrito à maneira pela qual tem prevalecido a mutação dos critérios que nomeia o desempenho, bem com aqueles que os afetam.
Assim se questiona: que tem autoridade para transmitir e legitimar as informações veiculadas na web? o que é transmitido e de que lugar nasce? a quem interessa tal produção? e de que forma é trasmitido? Nesse contexto de discursividade nômade e, sobretudo, potencial o mais provável é que se reconheça a presença e a legitimação dos experts em discursos, as mídias.