segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

COP15: O ENCONTRO DE FARSAS

Nunca se viu tanta exibição pública de discursos demagógicos e falsas contendas sobre um tema mais do que óbvio; a temperatura do planeta está aumentando e isso não há que duvide. Por outro lado, se tem os desejos de crescimento econômico e de superação dos limites das bolsas de valores. No caso de Brasil, China e outros que a custa da miserabilidade e exploração humanas de muitos cidadãos, vai-se cada vez mais se construindo uma farsa sobre níveis de poluentes. Aqui no Brasil nosso discurso está centrado no desmatamento ilegal da floresta Amazônica, todavia não se tem visto projetos nem programas governamentais sérios a respeito da caatinga e do cerrado. Este último agoniza sob os grilhões das correntes acopladas aos tratores que o violentam sem piedade, para em seguida serem semeados de sementes de capim, soja, algodão e outros comodities agrícolas. No que se refere à caatinga pouca coisa se ouve falar. Afinal, no sertão não há muito que investir; chove pouco e o retorno seria ínfimo. Então, mata e queima-se a caatinga nos fornos das indústrias, estas sim, com sua fome monstruosa, precisa ser alimentada com carvão e energia elétrica que, por acaso advém de usinas hidroelétricas e nucleares.

Interessante em toda discussão na Cop15 é que tivemos delegações das nações mundiais que, eram meramente figurativas, veja o exemplo da delegação brasileira a qual viveu todo evento em discordância; lembre-se, pois as gafes de Ministra da Casa Civil e Ministro do Meio Ambiente, (que saudades da firmeza de Marina Silva) sem contar que o presidente em sua forma peculiar de se fazer o centro das atenções, se autorizando em nome não se sabe de quem e porque está disposto a aumentar as metas de reduções. Ele esquece o que pensa os plantadores de soja, os mineradores e os industriais que cada projeto amplia seus lucros sem se importar diretamente com questões ambientais.

Diante dessas evidências, não é difícil perceber que mais uma vez fomos enganados e levados a pagar as contas das vontades e do poder do capitalismo verde, amarelo, vermelho e branco, ou seja, cada um da América à África terá que desembolso dinheiro para pagar uma conta que ainda não foi calculada, mas se reconhece como enorme. Por fim, a Cop15 não passou de uma farsa em nome da defesa do planeta. Ate porque não se decidiu absolutamente nada! Ficou na promessa! Nada e coisa nenhuma!