sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

WEBLOG: HORIZONTES PARA A AQUISIÇÃO E ENSINO DE ESCRITA

Existem indicativos de que as tecnologias de informação e comunicação têm colocado em destaque posicionamentos didáticos e pedagógicos até então vigentes, sobretudo no que diz respeito à aquisição e ao ensino de linguagem por meio dos usos efetivos do computador e da internet como mecanismos de inserção dos sujeitos ao mundo da linguagem digital que, por essência, é quirográfica.
Compartilha-se aqui parte desse ideal, porque se entende que o weblog além de sua posição como artefato tecnológico, constitui-se ainda como hipergênero, pois permite a prática de aquisição e ensino de gêneros outros. Assim sendo, o profissional da educação, especialmente os professores de linguagem, código e suas tecnologias ao compreenderem que essas questões poderão de fato inseri-lo, bem como seus estudantes à pratica de escrita e, por conseguinte, à aquisição de linguagem por meio do universo da escrita proporcionada pelo mundo digital.
Para entendimento melhor da tese e filiação à ideia de que o weblog constitui-se em hipergênero, argumentar-se-á ponderando que: o ato de interlocução via internet ocorre através de escolhas realizadas pelos interagentes discursivos. Significa, à proporção que os envolvidos no processo criativo: professores e estudantes preenchem os “vazios” comunicativos sugeridos pela demanda comunicacional, os textos seguirão seus conceitos de gêneros.
A integração de linguagem escrita por meio do trabalho professoral, voltado para a aquisição dos elementos da escrita nesse contexto contemporâneo representa o ideal de que existem formas de aprender e apreender novas competências comunicativas através da prática de escrita no weblog é, sem dúvida, uma de milhares de forma de realizar ações pedagógicas que aproximam professor e estudantes em torno de uma questão comum, o uso das ferramentas digitais possibilitadas pela internet.
Mediante isso, coloca-se em questão o perfil do profissional da educação, assim como, as exigências que o mundo e a escrita no mundo virtual exigem de todos. Logo, há de se reconhecer que existem dificuldades por partes do professores de linguagens em colocar em atividade efetiva a presença dos gêneros textuais em sala de aula. Entretanto, os estudantes já os praticam em sala virtuais, especialmente, nos seus weblogs pessoais.
Nesse mister, a preparação dos professores para vivência com as práticas de linguagem no mundo virtual, cada vez mais se torna fundamental assim como é preciso uma formação em que os gêneros textuais se façam presentes de modo que eles possam associar os conceitos abstratos das língua, às tentativas em que se incluam as produções textuais ao nível do weblog.
É basilar entender que no weblog criar, experienciar, trocar e avaliar sejam vistas como atividades horizontalizadas, uma vez que o espaço de produção se constitui de modo aberto, isto sé, os interagentes da escrita participam de modos a se expressarem livremente. Porém isso não significa que eles perdem o cerne da questão, até porque ambos conhecem a linguagem e o código que artefato tecnológico demanda.
Questiona-se então: caberia a quem a inserção de professores à teoria do ensino de gêneros textuais, bem como ao ambiente de escrita virtual, uma vez que os estudantes já se apropriaram da ideia da escrita livre nas redes sociais? Sabe-se que tentativa para incluir as tecnologias digitais no ambiente escolar de forma a atenderem as demandas da escrita e da leitura tanto de professores quanto de estudantes tropeça, sobretudo no que diz respeito ao despreparado de professores em quererem superar ações cristalizadas nas quais ainda restam defesas em nome de um ensino substancialmente reprodutivista em que o professor concentra em si mesmo o poder de dizer o que deve ou não ser produzido ao nível da aquisição da linguagem e dos elementos fundantes da escrita.
Essas concepções levam a horizontes que apontam caminhos para que o professor por meio do uso das tecnologias digitais, com destaque para o Weblog, estimule seus estudantes à prática de aquisição de linguagens e códigos que a tecnologia da escrita potencializa no ambiente virtual. Entretanto, para que isso ocorra de maneira sistemática é necessário que o profissional da linguagem se comprometa em atuar de forma aberta, garantindo aos envolvidos o direito a participação.
Para tanto, é capital estimular a pesquisa e a aprendizagem dos profissionais da linguagem, códigos e tecnologias, informando-os de que a escola e sociedades contemporâneas solicitam uma atuação mais equânime entre aqueles que ensinam e aqueles que se põem no lugar de aprendentes, trocando saberes, informações e habilidades tanto no campo da tecnologia quanto no campo da linguagem.
No que diz respeito às habilidades com a escrita digital, os estudantes são exímios praticantes, cabendo ao professor em sua função (pro) ativa e sistemática, atuar no plano da orientação para que as técnicas e sejam mais bem aplicadas quando da produção de linguagem, especialmente, quando esta ativada no ambiente virtual.