terça-feira, 1 de abril de 2008

FRIO DE SAUDADES

FRIORENTA ALMA


A chuva no telhado
Em compasso ritmado
Alimenta a terra sedenta
Como fazias ao beijar-me a boca.

O vento assovia uma canção
Por entre as frestas do teto
Embalando minha agonia;
O desejo por ti aumenta
E rolo na cama fria.

Neste torpor me sinto no deserto,
Onde não há cobertor para me aquecer;
Sinto ter você por perto.

Alma e coração friorentos
Fazer de mim frágil ser
A procura de seus braços
Para me abraçar e proteger.

01 de abril de 2008, 10h48min.
Robério Pereira Barreto