SILÊNCIO MEU...
SILÊNCIO MEU...
O meu silêncio se encontra
Com a frieza da lua que,
De mansinho ilumina a rua...
O meu silêncio faz sombra
À noite mórbida e impura
Na qual circulam idéias vãs
Que me empurram à tristeza
De viver vida insana e dura.
No meu silêncio gritos
Sufocam-me o peito,
Deixando-me um ser sem jeito
Que tem no sossego uma rebeldia
Selvagem maior que a Guerra Fria.
No meu silêncio...
No meu silêncio...
No meu silêncio...
Morro a cada instante...
Em meu silêncio morro
Com meu silêncio peço socorro,
Com ele sei que definho e sofro...
No meu silêncio...
No meu silêncio...
No meu silêncio...
Há um grito forte, porém rouco
Rouco, porém um grito morto,
Morto, mas um grito;
Meu silêncio!
Robério Pereira Barreto
02 de junho de 2006, 3h 45min, em companhia da insônia.
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