sexta-feira, 27 de julho de 2007

SILÊNCIO MEU...


SILÊNCIO MEU...

O meu silêncio se encontra
Com a frieza da lua que,
De mansinho ilumina a rua...

O meu silêncio faz sombra
À noite mórbida e impura
Na qual circulam idéias vãs
Que me empurram à tristeza
De viver vida insana e dura.

No meu silêncio gritos
Sufocam-me o peito,
Deixando-me um ser sem jeito
Que tem no sossego uma rebeldia
Selvagem maior que a Guerra Fria.

No meu silêncio...
No meu silêncio...
No meu silêncio...

Morro a cada instante...
Em meu silêncio morro
Com meu silêncio peço socorro,
Com ele sei que definho e sofro...

No meu silêncio...
No meu silêncio...
No meu silêncio...

Há um grito forte, porém rouco
Rouco, porém um grito morto,
Morto, mas um grito;
Meu silêncio!

Robério Pereira Barreto
02 de junho de 2006, 3h 45min, em companhia da insônia.

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