MORIBUNDO
MORIBUNDO
(Robério Pereira Barreto)
Que os raios amenos
dessa última aurora de primavera
aqueçam-me meu rosto;
Tal o beijo do amante
na face rubra da donzela
ao ser surpreendida na janela;
Que o sol dessa manhã
Mantenha-me vivo,
embora meu semblante
sinta-se morto
e meu espírito moribundo;
Que o torpor do meio dia
dispa-me o corpo com galhardia,
deixando-me exposto às feridas...;
Que as margaridas
no canteiro solitário da avenida
exponham-me sem medo;
O precipitar da tarde
leve-me ao encontrar da liberdade...
entretanto é no crepúsculo
que mais final maldito se anuncia.
Um comentário:
Este poema, realmente mexe com a alma, pois parece q são meus sentimentos q estão alí escritos...
ADOREI!
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