sábado, 23 de agosto de 2008

TECHONOLOGÊS: A REALIDADE DO MUNDO VIRTUAL

A linguagem do mundo é virtual conforme é definida por Phillipe Quéau (1993) se apresenta como uma base onde se encontra a dicotomia digital 0 e 1, isto é, é nesse binarismo em dados e imagens se transformam em informações a disposição dos usuários de equipamentos eletrônicos e digitais na sociedade contemporânea.
Em se tratando dessa questão Prado (2003) afirma que, segundo Quéau a “linguagem do virtual não é simplesmente técnica a mais na história das representações, é, literalmente, o surgimento de uma nova escrita comparável à invenção da imprensa ou ao surgimento do alfabeto”, por que se trata de “uma escrita interativa e imersiva que emerge nas comunidades virtuais, nas cidades e mundos virtuais, na realidade virtual onde se apresenta necessário penetrar nessa escrita, dominar sua gramática e seu estilo.” (Prado, 2003, p.207).
Entretanto, a realidade desse discurso é mais ampla e complexa, visto que os criadores dessa linguagem passam a deter o domínio de seus vocabulários e jargões. O exemplo, WWW, HTML e VRML siglas que a maioria das pessoas ouve falar e até as citam sem, de fato conhecerem seus significados. A partir disso, esta discussão busca simplificar traduzindo para a linguagem comum o que de fato são essas nomenclaturas e onde elas estão fixadas.
É importante de dizer que o sistema WWW é fruto de estudos e pesquisas feitas em laboratórios de física nuclear e seu autor é o inglês TIM Bernes-Lee, que definiu como um protocolo de comunicação que faz a transferência de imagens, sons e textos pela rede, internet. Já HTML (Hipertext Markup Language) neste contexto se tem amplitude da leitura das informações, porque nesse protocolo os dados ganham sentidos bidimensionais e dão sentidos diferenciados às páginas virtuais. A linguagem HTML permite a criação de locais de informações onde grandes textos contendo imagens, som e dados provocando várias formas de comunicação entre os usuários do sistema, com isso gera diversas possibilidade e análise e questionamentos, um “imenso hipertexto planetário, um espaço rizomático e visitável”. Além disso, surgiu VRML (Virtual Reality Modeling Language) criado por Dave Ragget da Hewlett-Packard com a intenção de aproximar e aumentar “a interatividade e interconexão assicrônica em tempo real de múltiplos participantes” Prado (2003).
Com esse modelo de linguagem digital é possível se criar, interagir e manipular objetos e cenas, bem como examiná-los sob vários pontos de vistas. “No caso de mundos de VRML, estes podem ser animados e permite-se ao usuário criar condições para interatuar com outros usuários em 3D.
Crê-se, que depois dessa reflexão teórica mais complexa é hora de começa a simplificar a linguagem usada nos meios digitais, para isso continua-se no campo da internet. Para isso se explica as diferença entre bit e Byte, uma vez que ambos são unidades de medidas do espaço cibernético. Sendo os dois unidades de medida digital (1Byte = 8 bits), mas são usados de formas distintas: Quando falamos em velocidade de conexão, usamos bits (600kps significa uma velocidade de 600 mil bit em um segundo), já quando falamos em “tamanho de arquivo”, usamos Bytes. Exemplo, uma música tem, mais ou menos, 5 Bytes de “tamanho”.
Agora, pode-se falar de internet e suas tipologias: Dial-up normalmente é aquela usada pelo acesso discado, ou seja, o acesso se dá via linha telefônica convencional. (você liga o computador direto à linha telefônica); Banda Larga é o termo usado para definir qualquer conexão à internet com alta velocidade. Numa conexão banda larga, os dados trafegam de forma mais rápida do que no acesso discado.
Outro ponto que precisa ser simplificado é a expressão 3G segundo especialista em tecnologias digitais esta é a geração de telefonia com acesso em alta velocidade. Assim você pode acessar a internet tanto do computador de casa como do computador portátil. Atrelado a este conceito vem WAP (Wireless Application Protocol (Protocolo de Aplicações sem Fio) Isso permite o acesso a internet por meio de equipamentos móveis, celular, computador portátil, etc.
Dessa maneira acredita-se que a linguagem no mundo digital é restrita aos iniciados, todavia esteve cada vez mais na boca do povo, como se estes fosse apenas reprodutores de falas que, de algum modo, lhes conferem lugar de destaque no meio social onde situam seus discursos.


MASIP, Fernando García. Signos em desconstrução. In. DIAS, Antônio Nascimento et ali. Desenvolvimento sustentável e tecnologias da informação e comunicação. Salvador: EDUFBA, 2007, pp.19-30.
PRADO, Gilberto. Ambientes virtuais multiusuários. In. DOMINGUES, D. Arte e vida no século XXI: tecnologia, ciência e criatividade. São Paulo: UNESP, 2003, pp.207-224.

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