domingo, 5 de agosto de 2007


VENDEDOR DE PAIXÃO
(Robério Pereira Barreto)

Solitário nas esquinas e avenidas,
ou acompanhando na multidão de bares,
está o vendedor de flores,
trazendo nos braços vários amores;
perfeitos e, às vezes mais que perfeitos
são lírios e margaridas.

As flores com seus perfumes e cores se misturam
entre os sabores das paixões reais
e aquelas cuja formosura será despertada
no desabrochar de um copo de leite.

Os corações afloram diante da poesia
aveludada da rosa vermelha
e lírio cor de aquarela
que toca alma dos amantes
mesmo em momento de querela.

Oh, preciso comprar uma paixão
Para alegra meu coração!
Cadê o vendedor de flores
Que traz nos braços novos amores?

Quero o amor mais perfeito
Que dê a esse peito o pulsar
De infante diante da emoção primeira.

(...)

Sei que se não encontrar o vendedor
Posso ficar para sempre com a dor
De um amor que aos poucos se acabou.

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