sábado, 28 de julho de 2007

CICATRIZES


CICATRIZES
(Robério Pereira Barreto)

O amor é ferro em brasa
ao tocar o coração fere-o,
deixando marcas na alma para sempre.

Sempre feridas ficam abertas;
indeléveis ou latejantes
por mais que tente,
a gente jamais as esquece.

O tempo se encarrega de aos poucos
transformá-las em cicatrizes
Que do corpo saltam à alma
sem pedir licença...

A cada toque involuntário,
sem clemência
doe como se fosse à primeira vez.

Infinitamente, há na gente
as cicatrizes do amor
que por algum motivo não vingou...

Agora, a constância de um coração teimoso
pulsando insiste em dar prova de que ainda está vivo.

Faz-se duro como o aço,
mas derrete-se ao ser lançado
às brasas da paixão de outrora.

em 01 de agosto de 2006, 22h 15min

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