DA CIBERFOBIA À DIALOGIA
Admitamos, pois, que, o significado de aprendizagem, sobremodo, da língua materna está relacionada às perspectivas com as quais o professor leva o estudante ao encontro de múltiplos textos. Com isso, revela a ele uma série de mecanismos, os quais estão ligados: imagem e texto e, às vezes, um mundo midíatico em que se misturam escritas, figuras, cores e sons, possibilitando assim interação entre o que se diz e o que se faz com a língua no cotidiano das grandes cidades.
Diante desse quadro, segundo afirma Citelli (2002:24), somente um educador com formação nos princípios dialógicos da linguagem é capaz de compreender a complexidade da língua através da mediação entre os sujeitos envolvidos, por meio da aquisição e compreensão dos textos produzidos pela sociedade. “Um professor dialógico e interacionistas olhará com permanente desconfiança o conhecimento conforme formulado pelo livro didático: o horizonte deste tipo de educador deve ser necessariamente mais amplo.”
É na observação dos sistemas midiáticos que professor se pauta ao preparar sua aula, pois seus alunos já vêm a ela com perspectivas e saberes advindos da mídia de massa. A partir daí, é que o docente oferece subsídios para que eles façam, de fato, a interação no processo de produção de sentido com a realidade lingüística em que atuam. Os sistemas multimidiáticos, calcados em formas integrativas e interativas que possibilitam ao aluno construir “programas de aulas” situará o professor noutro patamar, que poderá até ser melhor, a depender da determinação e vontade dos envolvidos. [...] Com novas linguagens, estímulos e formas de conhecimento que vivem à margem do discurso institucional escolar.” (Citelli, 2002:26-7).
É salutar lembrar que, devido às condições inadequadas proporcionadas pelo sistema ao professor, mormente as escolas das redes públicas: estadual e municipal não têm profissionais com orientação didática e pedagógica para responde a contento tal atarefa; quem sabe de nenhuma sorte, percebe que à interação através de diálogos entre as práticas educacionais levam ao conhecimento e, consequentemente, à humanização dos estudantes ao usar de forma correta os princípios da linguagem.
Para Bakhtin (1979) a linguagem não é utilizada apenas para transmitir informações, mas, para firmar interesse, estabelecer níveis de dominação, fazendo do mundo dos signos uma arena onde são travadas as mesmas batalhas encontradas no mundo dos homens. Desse modo, se têm na escola os espaços de interação e dialogismo, pois, nela se encontram várias gerações de conhecimento, tanto pessoais quando institucionais. Com efeito, a função da escola é orientar os estudantes para a produção dos sentidos e ideologias existentes no processo histórico empreendido através da língua, ou seja, é por meio da classificação de certo/errado no uso da língua que os grupos afirmam ou refutam seus princípios de dominação.
Na realidade, este procedimento se dá através de estratégias as quais têm sua base ideológica e semântica nos princípios de persuasão e sedução, segundo as quais os alunos e os leitores têm na mídia, sobremodo, na mídia imprensa e nos livros didáticos seus maiores auxiliares. Entretanto, sabe-se que, às vezes, é preciso desconfiar de tais escritos para que se possa estabelecer o grau de responsabilidade da autoria.
Para Ribeiro (2003:121) o uso da sedução como processo argumentativo na mídia é uma marca, pois, se sabe que a “imprensa tem se caracterizado por exercer grande influência sobre a sociedade.” Além é claro de ser responsável pela constituição do imaginário social, já que é por meio dela que os grandes fatos são postos em debate e que se constituem os pontos de vista. Então, é legítimo que os profissionais da linguagem compreendam que, embora haja problema na constituição – gramatical, semântica e ideológica - de determinados tipos de mídia, estes, certamente, ainda contribuem significativamente para o processo de desburocratização da aprendizagem da língua materna, uma vez que se pode traçar diálogos com várias opiniões e maneiras de usar a estrutura da língua nacional.
Hodiernamente, sabe-se que a língua portuguesa em sua forma “erudita” tem sido maltratada pelos meios de comunicação de massa, bem como pelos profissionais da linguagem. Eles são do mesmo modo vítimas, pois o sistema ao longo de décadas desvalorizou o estilo e uso linguísticos praticados pelos grandes escritores. (quantas vezes ainda ouvimos referência ao estilo Machadiano de organizar as idéias e do bom trato com a língua em seus escritos, inclusive os que saiam na imprensa). Entretanto a sociedade avançou e com isso vieram novas maneiras de expressão. Neste pacote estão os valores éticos, estéticos e ideológicos relacionados à aprendizagem da língua portuguesa que a mudaram sistematicamente. Isso com certeza moveram as bases tradicionais, as quais lutam em vão, parafraseando Drummond: “lutar com as palavras é coisa vã” para manter a tradição gramatical de meados do século passado.
Embora seja uma realidade deprimente, contudo temos que modificá-la trabalhando o idioma em sala de aula, para, no mínimo, orientar o usuário da língua no que se refere à questão dialógica que permeia a comunicação moderna. Entretanto, tal perspectiva é cheia de obstáculo; o primeiro deles está na estrutura da própria escola que não vê e, às vezes com razão, a mídia impressa como subsídio para o melhoramento da qualidade da produção lingüística do estudante, porque algumas não apresentam qualidades suficientes para isso.
Nesse plano dialógico, consoante a dificuldades normais da escola, Chiappni (2002:10) acredita que a escola tem uma parcela de culpa porque burocratiza a linguagem, desistoricizando-a e enrijecendo-a nos rituais que a faz como instituições de controle sócio-educacional. Com efeito, a democratização da escola e avanços dos MCMs[1] deveriam ter melhorado as condições de ensino, aprendizado e uso da língua, devido ao grande alcance social de suas mensagens. Entretanto, isso não ocorreu porque a maioria das instituições de MCMs tinha em suas direções e redações pessoas cujo preparo e conhecimento da língua eram medianos. Por outro lado, os ouvintes, leitores, espectadores viviam em condições piores para compreender a estrutura normativa da língua. Com isso, Viu-se nascer de maneira, quase unilateral um outro idioma, ou seja, as pessoas não deixaram de viver e comunicarem-se porque não tiveram à formação culta da língua. Ao contrário, adaptaram suas habilidades lingüísticas as realidades em atuam de forma dialógica.
[1] Meios de Comunicação de Massa
Diante desse quadro, segundo afirma Citelli (2002:24), somente um educador com formação nos princípios dialógicos da linguagem é capaz de compreender a complexidade da língua através da mediação entre os sujeitos envolvidos, por meio da aquisição e compreensão dos textos produzidos pela sociedade. “Um professor dialógico e interacionistas olhará com permanente desconfiança o conhecimento conforme formulado pelo livro didático: o horizonte deste tipo de educador deve ser necessariamente mais amplo.”
É na observação dos sistemas midiáticos que professor se pauta ao preparar sua aula, pois seus alunos já vêm a ela com perspectivas e saberes advindos da mídia de massa. A partir daí, é que o docente oferece subsídios para que eles façam, de fato, a interação no processo de produção de sentido com a realidade lingüística em que atuam. Os sistemas multimidiáticos, calcados em formas integrativas e interativas que possibilitam ao aluno construir “programas de aulas” situará o professor noutro patamar, que poderá até ser melhor, a depender da determinação e vontade dos envolvidos. [...] Com novas linguagens, estímulos e formas de conhecimento que vivem à margem do discurso institucional escolar.” (Citelli, 2002:26-7).
É salutar lembrar que, devido às condições inadequadas proporcionadas pelo sistema ao professor, mormente as escolas das redes públicas: estadual e municipal não têm profissionais com orientação didática e pedagógica para responde a contento tal atarefa; quem sabe de nenhuma sorte, percebe que à interação através de diálogos entre as práticas educacionais levam ao conhecimento e, consequentemente, à humanização dos estudantes ao usar de forma correta os princípios da linguagem.
Para Bakhtin (1979) a linguagem não é utilizada apenas para transmitir informações, mas, para firmar interesse, estabelecer níveis de dominação, fazendo do mundo dos signos uma arena onde são travadas as mesmas batalhas encontradas no mundo dos homens. Desse modo, se têm na escola os espaços de interação e dialogismo, pois, nela se encontram várias gerações de conhecimento, tanto pessoais quando institucionais. Com efeito, a função da escola é orientar os estudantes para a produção dos sentidos e ideologias existentes no processo histórico empreendido através da língua, ou seja, é por meio da classificação de certo/errado no uso da língua que os grupos afirmam ou refutam seus princípios de dominação.
Na realidade, este procedimento se dá através de estratégias as quais têm sua base ideológica e semântica nos princípios de persuasão e sedução, segundo as quais os alunos e os leitores têm na mídia, sobremodo, na mídia imprensa e nos livros didáticos seus maiores auxiliares. Entretanto, sabe-se que, às vezes, é preciso desconfiar de tais escritos para que se possa estabelecer o grau de responsabilidade da autoria.
Para Ribeiro (2003:121) o uso da sedução como processo argumentativo na mídia é uma marca, pois, se sabe que a “imprensa tem se caracterizado por exercer grande influência sobre a sociedade.” Além é claro de ser responsável pela constituição do imaginário social, já que é por meio dela que os grandes fatos são postos em debate e que se constituem os pontos de vista. Então, é legítimo que os profissionais da linguagem compreendam que, embora haja problema na constituição – gramatical, semântica e ideológica - de determinados tipos de mídia, estes, certamente, ainda contribuem significativamente para o processo de desburocratização da aprendizagem da língua materna, uma vez que se pode traçar diálogos com várias opiniões e maneiras de usar a estrutura da língua nacional.
Hodiernamente, sabe-se que a língua portuguesa em sua forma “erudita” tem sido maltratada pelos meios de comunicação de massa, bem como pelos profissionais da linguagem. Eles são do mesmo modo vítimas, pois o sistema ao longo de décadas desvalorizou o estilo e uso linguísticos praticados pelos grandes escritores. (quantas vezes ainda ouvimos referência ao estilo Machadiano de organizar as idéias e do bom trato com a língua em seus escritos, inclusive os que saiam na imprensa). Entretanto a sociedade avançou e com isso vieram novas maneiras de expressão. Neste pacote estão os valores éticos, estéticos e ideológicos relacionados à aprendizagem da língua portuguesa que a mudaram sistematicamente. Isso com certeza moveram as bases tradicionais, as quais lutam em vão, parafraseando Drummond: “lutar com as palavras é coisa vã” para manter a tradição gramatical de meados do século passado.
Embora seja uma realidade deprimente, contudo temos que modificá-la trabalhando o idioma em sala de aula, para, no mínimo, orientar o usuário da língua no que se refere à questão dialógica que permeia a comunicação moderna. Entretanto, tal perspectiva é cheia de obstáculo; o primeiro deles está na estrutura da própria escola que não vê e, às vezes com razão, a mídia impressa como subsídio para o melhoramento da qualidade da produção lingüística do estudante, porque algumas não apresentam qualidades suficientes para isso.
Nesse plano dialógico, consoante a dificuldades normais da escola, Chiappni (2002:10) acredita que a escola tem uma parcela de culpa porque burocratiza a linguagem, desistoricizando-a e enrijecendo-a nos rituais que a faz como instituições de controle sócio-educacional. Com efeito, a democratização da escola e avanços dos MCMs[1] deveriam ter melhorado as condições de ensino, aprendizado e uso da língua, devido ao grande alcance social de suas mensagens. Entretanto, isso não ocorreu porque a maioria das instituições de MCMs tinha em suas direções e redações pessoas cujo preparo e conhecimento da língua eram medianos. Por outro lado, os ouvintes, leitores, espectadores viviam em condições piores para compreender a estrutura normativa da língua. Com isso, Viu-se nascer de maneira, quase unilateral um outro idioma, ou seja, as pessoas não deixaram de viver e comunicarem-se porque não tiveram à formação culta da língua. Ao contrário, adaptaram suas habilidades lingüísticas as realidades em atuam de forma dialógica.
[1] Meios de Comunicação de Massa
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