terça-feira, 6 de novembro de 2007

CONDENAÇÃO DE AMAR

CONDENAÇÃO
(Robério Pereira Barreto)

Minha flor de lírio do campo,
saiba que ainda vive em mim.
enquanto puder não vou deixá-la sair,
mesmo que queira tentar fugir.

Sua delicada fragrância
invade meu ser,
tal o éter
intruso penetra na pele
sem a gente querer.

Seu sorriso maroto
leva-me à presença da fé,
Esta lembrança contagia
o meu dia
preenchendo minha alma vazia

Então, querida por que me condenas
ao infortúnio da dúvida
se há sol ou chuva?

Oh, lírio de candura
por que se tornou rocha
e de peito cheio de amargura
faz-me viver essa eterna condenação?

Esta dúvida aos pouco
dilacera meu coração
como um carrasco que em devoção
tortura sua vítima com sabor e paixão!

Robério Pereira Barreto
02 de junho de 2006, 29’

2 comentários:

Anônimo disse...

Sentindo falta de poesias novas nesse blog...

Anônimo disse...

Posta algo novo para alimentar o espírito dos teus leitores...