domingo, 25 de novembro de 2007
sábado, 24 de novembro de 2007
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
terça-feira, 20 de novembro de 2007
DELICARA-ME...
Seu corpo quente no meu,
Me dar um arrepio na alma!
Sentir o seu perfume
invadindo minha pele
É sentir o fogo da paixão
Dilacerando sem pressa meu coração!
Ter suas mãos me revirando o corpo
É me sentir quase um louco;
A cada carícia parece que morro!
Experimentar seus beijos quentes
É provar o veneno de serpentes
Que habitam o deserto dos amantes!
Apetecer meu amor por você
É ser criança que ver no futuro
À esperança de crescer
Sem a infância perder!
Agosto de 2006, 00h38’
Robério Pereira Barreto
Postado por poetadasolidão às 11/20/2007 09:33:00 PM 0 comentários
RESPOSTA À ENQUETE
Respondo que, a poesia é capaz de acordar a sensibilidade, acordar a alma, acordar os sentimentos mais endurecidos e implícitos no homem em seu tempo...
No mundo clássico vivia o homem sob a razão e o equilíbrio em seu universo em que a linguagem era quase muda, ...o nome vira coisa, a voz vira letra... (li não sei onde) e o mundo moderno rompeu esse universo abrindo caminhos aos movimentos de uma nova visão, um mundo de busca e novas perspectivas para o homem como eu, um eu absolutamente único , apaixonado, conflitante, submerso em si, em que o rústico tem um significado muito grande aguçado pela emotividade de seus questionamentos como ser... ou seja, a busca de si, em ser, sentir, ter, amar...
Traz a poesia a perspectiva da criação, criar o homem a sua realidade, extrair do âmago a sensibilidade e deixar fluir o perplexo e assombrar-se diante do belo...
poesia é, eu acredito: “ a poesia resiste à falsa ordem, que é , a rigor, barbárie e caos” ( Drummond), ahhhhh isso é maravilhosooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!
adorei esse seu questionamento!!!
Postado por poetadasolidão às 11/20/2007 09:29:00 PM 0 comentários
domingo, 18 de novembro de 2007
terça-feira, 6 de novembro de 2007
CONDENAÇÃO DE AMAR
(Robério Pereira Barreto)
Minha flor de lírio do campo,
saiba que ainda vive em mim.
enquanto puder não vou deixá-la sair,
mesmo que queira tentar fugir.
Sua delicada fragrância
invade meu ser,
tal o éter
intruso penetra na pele
sem a gente querer.
Seu sorriso maroto
leva-me à presença da fé,
Esta lembrança contagia
o meu dia
preenchendo minha alma vazia
Então, querida por que me condenas
ao infortúnio da dúvida
se há sol ou chuva?
Oh, lírio de candura
por que se tornou rocha
e de peito cheio de amargura
faz-me viver essa eterna condenação?
Esta dúvida aos pouco
dilacera meu coração
como um carrasco que em devoção
tortura sua vítima com sabor e paixão!
Robério Pereira Barreto
02 de junho de 2006, 29’
Postado por poetadasolidão às 11/06/2007 10:27:00 AM 2 comentários
O QUE FAZEM OS POETAS TÃO HABÉIS COM OS SENTIMENTOS
Robério
Postado por poetadasolidão às 11/06/2007 10:03:00 AM 0 comentários
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
SUA VOZ
É sentir a maciez do rubro veludo
Acariciando-me a alma cansada.
Seu caloroso carinho
Como meteoro que cai na campina,
Iluminando o céu com chamas colossais.
Seu perfume embriaga meus sentidos
Como a alfazema espalha
Causando suspiros...
Faz-me viajar no além do mundo...
daí fico mudo aos poucos me desnudo
porque nessa viagem suspiro profundo.
Postado por poetadasolidão às 11/05/2007 11:40:00 PM 0 comentários
VAZIO
Como é ruim acordar de madrugada
e não ter você ao meu lado...
como companheira uma colcha gelada.
Como é triste levantar e não ter você
comigo à mesa dejejum
pão com mortadela.
Como é dolorido escutar Bee Gees
sem ter você cantarolando em inglês ruim
para irritar os meus ouvidos.
Como é comprida a caminhada matinal
sem ter você a dizer:
Nossa! Já estamos velhos demais para isso
e, portanto, esses quilinhos a mais
são sinais de que passamos do colegial.
O que adianta ter o perfume da rubra rosa
Se não tenho você para banhar
com tal fragrância deliciosa?
Que me importa ouvir cantar dos pássaros
se não ouço mais sua voz desafinada,
que era para mim,
em manhã de outono ao sol sair?
Que me importa estar vivo
se você não é mais o meu grã viz?
Se não se importa...
tenho a vida morta
e um vazio dentro de mim!
Se não se incomoda...
saiba que caminho por linhas tortas
e por estas tortas linhas,
Se não lhe encontrar
Postado por poetadasolidão às 11/05/2007 11:33:00 PM 0 comentários
domingo, 4 de novembro de 2007
MORTE DE VELHOS: FIM DO SABER E DA TRADIÇÃO
Este ensaio pretende colocar na ordem do dia, a questão da preservação das memórias socioculturais de velhos, nos grupo de tradição oral, especialmente, nas comunidades sertanejas onde a cultura e os saberes são eminentemente transmitidos oralmente pelos mais velhos. Assumimos esta preocupação desde o momento em que percebemos que, alguns saberes veiculados na sociedade irecense têm suas fontes de transmissão à fala de anciãos que, por décadas, foram experienciando e armazenando na memória informações e fatos religiosos, políticos e históricos. Todavia, agora, estão em risco devido eles não terem sido escolarizados o suficiente para registrar seus conhecimentos para a posteridade por meio de algum instrumento de fixação do saber.
Assim sendo, inferimos que a cultura local a cada dia perde suas bibliotecas humanas, isto é, à medida que um velho morre, com ele, são enterrados saberes importantes à compreensão e reconstrução das identidades locais. Então estes saberes mitológicos e empíricos por eles [velho] armazenados ficam relegados ao segundo plano e, portanto, morrerão a cada dia um pouquinho. De acordo com Pierre Lévy, os saberes práticos constituintes destas memórias fazem parte da comunidade viva. Por isso, se tornam virtuais, conforme deslocam seus agentes nos espaços sociais, isto configura nesta região algo que incomoda, porém é um fato: somos uma sociedade de tradição oral, cujas características medievais mantidas nos causos e tradições religiosas levam a crer que a escrita, aqui, está restrita aos registros oficiais.
Para Lévy (2000), nestas comunidades onde a escrita ainda não foi usada em sua plenitude, certamente, não será por que os jovens, hoje, procuram saberes e informações nos ciberespaços. Então, “o carregador direto do saber não será mais a comunidade física e sua memória carnal, mas sim o ciberespaço, a região dos mundos virtuais pelo intermédio dos quais as comunidades descobrem e constroem seus objetos e se conhecem como coletivos inteligentes.”
Assim sendo, torna-se imprescindível que as memórias e os saberes dos velhos sejam valorizados e registrados em memórias, sejam virtuais ou fixas para que as novas gerações as tenham como referência de seu passado. Há de ressaltar aqui, algumas iniciativas: na academia temos os estudos de Éclea Bosi nos quais são registradas as experiências e culturas dos caipiras do interior de São Paulo no seu clássico Memória e sociedade (1994) e, no lócus regional temos o ainda não canônico, mas igualmente importante livro Irecê, a saga dos migrantes (2004) de Jackson Rubens no qual, o autor registra por meio dos princípios de ficção-histórica os relatos dos velhos migrantes que colonizaram a região de irecê nas primeiras décadas do século passado.
Conforme metaforiza Lèvy (2000), a morte de um velho representa a destruição de uma biblioteca virtual pelo fogo da ignorância, visto que a este ser não foi oportunizado a transmissão e o registro e aproveitamento de seus conhecimentos pela comunidade. Até porque esta comunidade é, per si, fundada no princípio da oralidade. Assim sendo, caberá as escola e a universidade promover os registros desses conhecimentos em seus bancos de dados.
É com esse objetivo que estamos trabalhando no projeto: O vídeo: uma construção estética do conhecimento, (Walnice Paiva, Robério Barreto e colegas do câmpus XVI) na perspectiva de garantir, mesmo que no espaço cibernético publicizar e valorizar os saberes dos velhos, evitando assim, que estas enciclopédias de saberes populares se percam no pós-mortem.
Além disso, estes procedimentos permitiram consultas e reconstrução das identidades e discursos proferidos em momentos específicos em que a comunidade promovia e vivencia sua tradições e culturas.
Postado por poetadasolidão às 11/04/2007 11:45:00 AM 2 comentários