BÁLSAMO DA SOLIDÃO
BÁLSAMO DA SOLIDÃO
(Robério Pereira Barreto)
É noite...
O aroma da escuridão
Toma minh’alma
Como se pedisse perdão
Por invadi-la sem permissão.
Em prantos e lamento
Recolho minha abantesma.
À clausura de meu imo
Tal perseguido menino
Pelo fantasma da noite.
É madrugada...
O eco da aurora
Acorda-me com o cheiro da manhã
Penetrando em minh’alma
Lança pagã.
O aroma da solidão escorre
Nas ventas e entre os dedos
O sumo do prazer
Liquefaz e morre...
Martirizando-me em cobiço
A ti e vejo nosso amor esvair-se
Nos caprichos de...
O aroma da solidão
Entranha meu espírito.
Seu cheiro sacrifica-me
Alma tamanho desespero
De manter pulsando esse
Coração condenado ao desterro.
04 de agosto de 2007, 22h35min
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