ÓSCULO DO DILÚVIO
No limbo de dor
Meu imo espera
Por um sumo de alegria,
Clamando pelo roçar
De corpos entre Beijos ardentes.
Nesse íntimo amor,
Minha alma pulula
Fazendo-me sentir
Escorrer nos lábios
A úmida língua
Carregada de fervor.
Sangue em brasa
Corpo febril
Lateja em mim
Vontade sem fim,
Pulsando no peito senil
A força e raça
De ser juvenil.
Tal ebulição me aquece
Porém, ao passar do dia
Como fogueira sem lenha
A chama arrefece
Faz-me apenas uma porção
De cinza que o vento
Violentamente arremessa
Contra ao nada da vida,
Desilusão!
30 de maio de 2007.
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