sábado, 21 de julho de 2007

ÓSCULO DO DILÚVIO

No limbo de dor
Meu imo espera
Por um sumo de alegria,
Clamando pelo roçar
De corpos entre Beijos ardentes.

Nesse íntimo amor,
Minha alma pulula
Fazendo-me sentir
Escorrer nos lábios
A úmida língua
Carregada de fervor.

Sangue em brasa
Corpo febril
Lateja em mim
Vontade sem fim,
Pulsando no peito senil
A força e raça
De ser juvenil.

Tal ebulição me aquece
Porém, ao passar do dia
Como fogueira sem lenha
A chama arrefece
Faz-me apenas uma porção
De cinza que o vento
Violentamente arremessa
Contra ao nada da vida,
Desilusão!

30 de maio de 2007.

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