domingo, 8 de julho de 2007

CALEIDOSCÓPIO
(Robério Pereira Barreto)

Não há quem mude
A tristeza em meu molhar
Enquanto estiver
Longe do meu abraço
E do calor dos beijos
Que alimentam
Minha alma
Nas manhãs de friagem
Quando nos amamos em silêncio
Para a aurora não acordar.

A noite escura
Nutre-me a alma
E o espírito a se calma.

No silêncio escuro
Sinto-me seguro
Embora os cacos de mim
Denunciem a ausência de ti
A qual me parte ao meio
Esfacela-me em mil eus.

Caleidoscópio sou...
A cada anoitecer
Porque vejo meus
Pedaços perderem-se
Levando-me
Sem perceber
À morte antes mesmo
De envelhecer.
08 de junho de 2007, 21º51’

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