O PORTUGUÊS DAS MÍDIAS DE RUAS
RESUMO: Este texto articula-se em torno da temática: desvios das normas nas mídias de rua: cartazes, anúncios e placas que promovem a realização social, econômica e cultural dos usuários do idioma brasileiro. Em tal material – discurso - não se respeita os ditames da gramática normativa e há nele intencionalidade comunicativa de modo que os cidadãos conseguem interagir significativamente no mundo dos negócios. A compreensão destas questões dar-se-á a partir do diálogo da semiótica e os objetos de estudos; textos expostos em placas e letreiros nas vias públicas de Irecê -BA, bem como mensagens coletadas da internet -, levando-se em conta que tais discursos não apresentam autoria definida, por isso, atribuir-se-á tal domínio a empresa onde está estampada a mensagem. O “português do povo” ocupará neste trabalho lugar de conflito para demonstrar que a forma como a escola oferece a língua portuguesa ao estudante, na atualidade, é inócua e impraticável no cotidiano, haja vista a prática das mídias escrita nas ruas: faixa, letreiros, cartazes na qual há consideráveis desvios da norma padrão, porém tal produção lingüística não deixa de ser parte do idioma nacional. Assim sendo, a língua (gem) serve à persuasão do homem, ser político por natureza. Para Aristóteles (384-322 a. C) as palavras são construções dos homens e não uma imitação (mímesis) do objeto nomeado. Nesse sentido, o idioma usado pelo “o homem do povo” em seu cotidiano vai ao encontro de suas necessidades comunicativas. Nesta abordagem procura compreender o surgimento da linguagem em função da vida em sociedade, entendendo, pois que a faculdade da linguagem é uma adaptação complexa, que foi sujeita às leis da seleção natural na história evolutiva humana recente, servindo à função de comunicação com extrema efetividade.
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