ASSIM QUE NOS VIMOS NO COTIDIANO
EU, REFLUXO DE MIM
Estou na cidade e ando pelas ruas
Entre carros, gentes passantes,
Luzes, cores e sons esvoaçantes
Mas não me sinto aqui;
Ninguém sabe ou se importa com
O meu existir.
Entre caneletas esgotos correm
Como rios desviando de carros
Apressados que me banham
Do fétido suco humano liberado
Das casas lindas e infames.
Grita com todo meu pulmão,
Mas não me ouve o cidadão
Que, protegido pelo terno cinza
Nem olhar para mim se anima.
Na clara escuridão da vida
Sou mais uma luz que não mais cintila:
Sou refluxo de mim!
Robério Pereira Barreto
4 comentários:
Profundo, Verdadeiro, Poesia!
Esse ficaria muito bom numa peformance, viu! kkkkkkkkkkk
...e nesse encontro de intimidade profunda de EU e o MUNDO, quantas surpresas poeta...
Adorei.
rejane tach
Foi um Vômito da Alma , que deixou o estômago limpo...
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