domingo, 11 de janeiro de 2009

FORO ÍNTIMO

À Porta de seu coração bati
E, não tendo a chave para abri-lo
Naquele momento, à espera fiquei.

Passados tempos, a li fiquei
Com a firmeza da alma e coração
Ficados na esteira da paixão
A ti dedicada, esperei dar-me
A chave da porta de teu coração.

Chave à mão e coração pulsante
Penetro-te com a leveza da pluma
E a firmeza de um punhal sua alma
Em busca de mim mesmo...

Estanque frente à porta de sua alma,
Perdido na espera...
Esqueci-me de mim.

Na latente calmaria da esperança
De que para mim entregaria a chave
De sua porta sem permissão
Seu íntimo invadi.

11 de janeiro de 2009, 22h04min
Robério Pereira Barreto
Foro íntimo

Um comentário:

Anônimo disse...

Claro que são diferentes formas de escrever, porém percebo nos teus poemas a mesma paixão que me inspira...Quem sabe um dia não exponho meu blog também? Tenho um ótimo (porém chatíssimo em sala de aula)professor de linguagem.
Aí está mais um momento meu.
Com carinho,


Eu tiro as meias porque isso (...) é muito burguês!!!”

O atraso, a escolha do lugar, os namorados de Virgínia e a expulsão.
O apartamento, o vinho, o abrir de portas e o calor.
A agonia, as atitudes tão certeiras e aquele homem tão sabido.

Eu nem precisei de muito tempo porque não fui pega de surpresa. Depois de tantos beijos e tantos abraços que aconteceram só com os nossos olhares, pudemos enfim conhecer a matéria um do outro.

Esse homem que estuda o mundo, que estuda as pessoas e há tão pouco tempo tem parado pra aprender algo significativo sobre si mesmo. Um moço que sabe q o ser não se resume ao corpo, que diz a uma mulher com seus complexos que ela é linda, que seu sexo é “simétrico” e ela acredita. Essa mulher tem um medo cheio de fundamentos de que o sexo seja um divisor de águas entre dois mundos que até então pareciam tão iguais. Mas esse era um daqueles dias em que ela não quis aprender coma experiência e se permitiu o benefício da dúvida.

E se ele soubesse que aquele medo do qual ele tanto falava era mais forte ainda do que eu fui capaz de demonstrar E se ele pudesse, só por um segundo, estar em mim e ter certeza do quanto eu amei cada segundo daquela agonia de macho dele, querendo o tempo todo provar algo a nós dois? E se ele soubesse que eu interpretei o nosso “quase” como uma oportunidade da vida para que possamos nos encontrar com muita vontade outra vez?

Aquele instante tão curto, efêmero, havia feito alguma coisa dentro de mim. No caminho de volta eu não pensava em nada. Esse nada era meu momento de introspecção vital. Fechar os olhos e viajar para dentro de nós é de uma importância térmica, já que nos aquece... Percebi depois daquela noite que não perder a ternura e acreditar em determinados encantos nos dias de hoje pode sim ser algo arriscado e raro... Mas pode valer à pena.

Eu faço uso do meu direito de ser feliz hoje.
Amanhã eu não sei.
“Somos apenas os arqueiros das flechas...”