segunda-feira, 28 de julho de 2008

HIDRÓFILA-DOR

Na vagas da solidão surge
Surfando em ziguezague
Vaidosa sensação de dor
Que lentamente afoga
E atira aos recifes um
Coração que já amou.

Sem pulso é levado
Pela arrebentação
Até a praia, onde
Passantes lhe desprezam
Ecoando no silêncio das ondas
A singeleza da indiferença, dor...

Vencido pela apatia
Indeciso está;
Deixo-me morrer na praia,
Ou desapareço na imensidão
Sombria da solidão do mar?
Não, nada disso o farei
sob sol da manhã ressucitarei
e encontrarei a maresia
como amiga e estrela da manhã
a me guiar ao encontro do infinito...

29 de julho de 2008, 23h02min
Robério Pereira Barreto

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