domingo, 29 de junho de 2008

RESTO DO MEU NADA

O coração ferido sibila
Palavras ao vento...

Como névoa de inverno,
Fatiado pelas lâminas
De sua gélida expressão;
Agora está.

A coisa mais cruel
Que senti foi ver
Restos do meu nada
Atirados ao longe
Pela indiferença de ti
Que, cata-vento da solidão
Atirou ao chão os pedaços
Daquela grande paixão.

29 de junho de 2008, 12h50min.
Robério Pereira Barreto

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