sexta-feira, 2 de maio de 2008

INIQÜIDADE

Como o vento que penetra
No dificultoso galho da favela
Para refrescar a flor que brota
Inocente entre venenosos espinhos,
Sua alegria penetrou esse coração,
Ferindo-o sem compaixão.

Preso à tentação de sua beleza,
Ele se prostra aos seus pés
Clamando por uma migalha,
Embora tenha a fartura diante de si.

Soberba com a flor protegida
Pelos espinhos cheios de veneno,
Simplesmente ignora e
Em pequenos pedaços o esgarça...

E agora o que a gente faz?
Ama ou o deixando em paz,
Porque se for além com isso
Não dará outra, o matará!

02 de maio de 2008, 02h12
Robério Pereira Barreto

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